terça-feira, 26 de abril de 2022

ECONOMIA COLABORATIVA .O que é a economia colaborativa?

 

“Vie Publique”

“Au coeur du débat public”

A economia colaborativa, que também se denomina ‘economia de partilha’, é uma economia peer-to-peer. Baseia-se na partilha ou na permuta entre indivíduos de bens (carro, habitação, estacionamento, berbequim, etc.), serviços (boleia, ‘bricolage’, etc.) troca (venda, aluguer, serviço) ou sem troca monetária (doações, trocas, voluntariado), por meio de uma plataforma de rede digital.

A economia colaborativa vem-se desenvolvendo em todos os sectores de actividade:

• habitação: arrendamento entre particulares, alojamento partilhado, troca de apartamentos, habitação participativa;

• transporte: aluguer de viaturas entre particulares, troca ou revenda de bilhetes de transporte, carpooling, entrega colaborativa, viatura turística com condutor (VTC);

• alimentação: grupos de consumidores, associações de manutenção da agricultura campesina (AMAP), alimentação;

• equipamentos diversos: venda ou compra de equipamentos usados, doação, empréstimo, troca ou aluguer de equipamentos ou de aparelhos;

• roupas: aluguer, doação, permuta, revenda/compra de roupas;

• serviços de assistência entre particulares: compras, “bricolage”, limpeza, assistência a crianças, cuidados com animais;

• cultura, educação: cursos online, tutoria, etc.

As tecnologias digitais tiveram um impacto decisivo no crescimento da economia colaborativa.

 A crise económica e financeira de 2007-2008 também contribuiu para o seu desenvolvimento, com os particulares à procura de poupanças e rendimentos adicionais. Estes mesmos indivíduos, num contexto de elevado desemprego, estavam cada vez mais propensos a oferecer os seus bens ou serviços de forma regular. Por fim, a economia colaborativa responde aos fenómenos de subutilização de bens e infra-estruturas promovendo o uso de bens ao invés da sua posse.

 A economia colaborativa vem-se desenvolvendo de acordo com duas estratégias  perante a oferta convencional:

 • duplicando os modelos de consumo tradicionais (tomar um táxi, arrendar um apartamento), mas utilizando os recursos dos particulares e oferecendo serviços não presentes aa oferta tradicional (aplicações móveis, preços atractivos, apreciação crítica acerca do serviço, etc.);

• criando um serviço novo ou complementar à oferta tradicional. Este é o exemplo do carpooling (“faculdade de partilha de um transporte particular”), que permite chegar a um determinado destino mas de acordo com métodos diferentes dos de transporte tradicionais.

 A economia colaborativa vem, assim, abalando os modelos tanto na perspectiva dos consumidores como das  empresas.

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