Há brinquedos menos inocentes que as crianças!
Há brinquedos que matam!
Exemplos não faltam para ilustrar esta estranhíssima realidade…
Donde, os peculiares cuidados de que há que rodear as escolhas ante a especial vulnerabilidade das crianças. Para que se não avolume o rol de mais de 52 000 vítimas de brinquedos inseguros que constituem uma negra realidade na União Europeia a cujo espaço Portugal pertence..
Brinquedos seguros, que obedeçam aos requisitos das normas a tal propósito estatuídas, que garantam as crianças contra indesejáveis sinistros.
Ainda não há muito, a Mattel, principal fabricante de brinquedos no mundo, teve de recolher do mercado cerca de 22 milhões de brinquedos porque desprovidos dos requisitos essenciais de segurança. Só no Brasil a recolha atngiu cerca de um milhão. Brinquedos produzidos, na generalidade, na China.
A União Europeia reforçou as normas de segurança. Mas todo o cuidado é pouco. Já que a mera aposição do logo CE pode nada querer significar. Desafortunadamente.
Não se esqueça que “o Diabo deu um tiro com a tranca de uma porta”.
Daí as peculiares cautelas que há que observar para que não tenhamos de chorar as perdas causadas por incúria de quem quer que seja, trate-se de importador, distribuidor, retalhista ou consumidor.
Para que não suceda algo do estilo: “Depois de casa arrombada, trancas na porta”!
Cuidados reforçados no que tange aos brinquedos para crianças até aos 3 anos de idade.
As peças decomponíveis, porque minúsculas, podem afectar seriamente crianças cujo poder de autodefesa é nulo. Desde que caibam no diâmetro de uma moeda ligeiramente superior à de 2 € são de rejeitar...
Ademais, deve haver advertências específicas para o efeito.
Como se assinalou, não se confie inteiramente no símbolo CE, aposto nas embalagens. Porque nele não há-de confiar-se de olhos fechados. É de uma mera presunção de segurança que se trata, pois.
A ASAE - entidade competente em Portugal - terá de varrer o mercado de alto a baixo para que - com a sua acção - dispense aos consumidores a base de confiança que nele é elemento essencial.
As famílias não se podem de todo permitir encarar de modo leviano, ligeiro, estas coisas.
A França já proibiu os brinquedos, tão frequentes no mercado, que de algum modo evoquem armas de fogo, que as imitem ou tenham um qualquer potencial, não só em termos simbólicos como pela perigosidade que tantas vezes brinquedos destes em si mesmos encerram.
Os brinquedos de outrora, por mais toscos, mais rústicos, não apresentavam riscos de maior. Algo que hoje não sucede. Com arestas salientes, cortantes, com tintagens tóxicas, com superfícies que se partem e deixam a nu pontas salientes, de tudo um pouco, neste mercado multitudinário, em que a segurança tem, sob múltiplas formas, de se reforçar.
Não se esqueça: há brinquedos menos inocentes que as crianças. Há brinquedos que matam…