O Hospital das Caldas da Rainha tem a
funcionar um Laboratório de Biologia Molecular, num investimento de 180
mil euros, para permitir a mais rápida identificação de surtos de
covid-19.
O Laboratório de Biologia Molecular
(LBM) vem aumentar a capacidade de resposta do Centro Hospitalar do
Oeste (CHO), que “não possuía infraestruturas adequadas nem direcionadas
ao diagnóstico do SARS-CoV-2”, encontrando-se, desde o início de
pandemia de covid-19, “muito dependente da capacidade de resposta de
prestadores externos para fornecer resultados dos testes”, divulgou o
CHO em comunicado.
O laboratório foi criado no Serviço de
Patologia Clínica, que passou assim a ter “uma capacidade laboratorial
que garanta um tempo de resposta mais consentâneo com as necessidades de
organização interna hospitalar e, em particular, dos fluxos dos doentes
covid e não-covid”, lê-se no comunicado divulgado.
O investimento resulta de uma
candidatura ao Programa de Financiamento Centralizado do Plano de
Expansão da Capacidade Laboratorial do Serviço Nacional de Saúde para
diagnóstico de SARS-CoV-2, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde
Doutor Ricardo Jorge.
A criação do laboratório no Hospital das
Caldas da Rainha implicou a realização de obras de expansão da
capacidade laboratorial, bem como a aquisição de equipamentos
laboratoriais específicos.
A equipa do LBM é coordenada por uma
especialista (médica), e incluirá cinco especialistas (médicos e
farmacêuticos) e quatro técnicos de Diagnóstico e Terapêutica.
De acordo com a administração do CHO, “a
criação desta estrutura irá permitir a identificação mais rápida de
casos e de surtos da doença covid-19, o que irá agilizar a prestação de
cuidados de saúde aos doentes”.
A nova valência, vocacionada para o
estudo de doenças infecciosas, irá também “possibilitar resposta a
outras necessidades sentidas nesta área”, considerando o CHO que se
trata de “um investimento muito relevante em fase pandémica, mas que
manterá a utilidade após cessação deste período”, pode ler-se no
comunicado.
O CHO sublinhou ainda que o novo
laboratório constitui para os profissionais da instituição “uma
oportunidade de expansão do conhecimento dentro da especialidade de
Patologia Clínica, nomeadamente da metodologia de PCR e da investigação
de outras doenças infecciosas com impacto, por exemplo, no controlo da
infeção hospitalar”.