Transmissão a 4 de Dezembro, sexta-feira, hoje, portanto,
no Canal 1 da RTP,
entre o termo do Preço Certo e o Telejornal das 20.00 horas
Eis o seu teor:
"Em país em que a política de consumidores é “nuvem passageira”
Convoca-se o Estado para que assuma por inteiro esta “trincheira”…
Já que a Lei do Consumidor
Diz no artigo primeiro
Com enorme clangor
E de modo alvissareiro:
“Incumbe ao Estado…
Proteger o consumidor,
(Como escopo declarado),
através do apoio à constituição
(De modo amplamente fundado
E sem qualquer exclusão)
e ao efectivo funcionamento
das associações de consumidores”…
Com profundo discernimento
E sem ínvios inibidores…
E preceito tão singelo
Vertido no Parlamento
Não encontra paralelo
Em qualquer outro instrumento…
Que os Governos da Nação
Entretidos a contento
Enjeitam a interpretação
Negando o são provimento
A tão clara provisão…
Como eternos impositores…
Perdidos na intelecção
De preceitos clareadores
Os egrégios defensores
Dos dinheiros da Nação…
Preterem os consumidores
De negação, em negação…
E ao denegarem os meios
Às associações de valia
Adensam-se os receios
De afronta à cidadania
Associações de consumidores…
Autênticas, autónomas e genuínas
Contam-se pelos dedos de uma só mão
Escassíssimas, as com o símbolo das quinas
E as “belgas”, à solta, à cata… do milhão!
E sem quaisquer omissões
Em ano não recuado
Facturou 47 milhões
Neste rincão do Oeste
Por “grosso e atacado”
A famigerada Proteste…
E os tempos são de protesto…
Quando a inefável Proteste
Nos invade a privacidade
Inda que por mal conteste
Não se exime à indignidade
Condenada pelos Dados
Pelos Dados Pessoais
Que usa a seu bel talante…
Mas também pelos Tribunais
E de modo acutilante!
Deixa claros os propósitos
Como empresa mercantil
Soma lucros e depósitos
De modo nada subtil…
Conquanto se arvore em lenda
Com requebros impostores
Exime-se à contenda
Defrauda os consumidores
E quem se propõe intervir
Em nome da DIGNIDADE
Tem de todo de esgrimir
O gládio da probidade
E assim de modo impante
Mas com laivos de orfandade
Em pugna tão exaltante!
E já lá vão 31…
31 os anos
De intervenção permanente
Que a muitos terá escapado…
Missão tão intransigente
Que modo devotado...
Mobiliza um ror gente!
FORMAÇÃO
INFORMAÇÃO
PROTECÇÃO
Para o consumidor bem querer
Primazia à FORMAÇÃO
Para de todo o PROTEGER
Com um braço na precaução
Já que se diz sem embuste
Que só a INFORMAÇÃO
Num quadro de franco ajuste
Previne inteira a lesão---
E a nossa participação (nos mercados - é transversal…)
Dos serviço público universal
Aos bens de consumo em geral
Aos vulneráveis em particular
E às crianças de modo singular
I
Que enorme indignação
Quão profundas são as mágoas
Quando dívidas em prescrição
São facturadas pela ÁGUAS
II
Vedado o corte-surpresa
Como coisa sacramental
Há que conferir nobreza
Ao serviço essencial
III
Bens para tudo e para nada
Numa espúria cavalgada
Obsolescência programada
Ou qualidade adiada?
IV
Na compra e venda de usados
Há algo a não descartar
Garantia aos interessados
Prós danos não ter de arcar…
IV
Se a criança é inocente
Poupem-na os mercados
No futuro e no presente
Tratem-na com mil cuidados!
Criança
Força é que rime com Segurança
Que brinquedo… é brinquedo seguro
Só assim se projectará o FUTURO!
Boas Festas!
Santo Natal!
Eis os votos da apDC...
Mário Frota
apDC – DIREITO DO CONSUMO - Coimbra