terça-feira, 9 de maio de 2023

RÁDIO VALOR LOCAL DIRE©TO AO CONSUMO - PORQUÊ TANTAS EVASIVAS COM A COMISSÃO DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS?

 


RÁDIO VALOR LOCAL
DIRE©TO AO CONSUMO
PREVENIR PARA NÃO REMEDIAR

08 de Maio de 2023

 

I

PORQUÊ TANTAS EVASIVAS
COM A COMISSÃO DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS?

 

RVL

Já estamos em Maio. Em Maio de 2023. E, no entanto, em Maio de 2021 (não tarda perfará 2 anos…), no dia 27, saiu uma Lei que criou a chamada Comissão das Cláusulas Abusivas.

Dois anos depois… cláusulas abusivas é mato, Comissão é coisa que não se enxerga…

O que se passa, afinal, Professor? O Governo de António Costa matou as cláusulas abusivas ou deixou as cláusulas abusivas, que é mato, e matou a Comissão que as apreciaria e determinaria a sua morte?

  MF

Se o Governo matasse as cláusulas abusivas como tem matado a ética política e o decoro, em tantas circunstâncias, no concreto caso das cláusulas… merecia uma ovação de pé.

Mas como matou a Comissão, o que merece é uma vaia monumental.

O que se trata é de uma Comissão “malquista” que cada vez mais se perde de vista…

Interroguemo-nos:

‘Essa Comissão ‘malquista’

A que o Poder é revel

Numa visão realista

Jamais sairá do PAPEL?...’

Tornemos à questão. Que no-lo relevem os habituais ouvintes. Mas o que agora ocorre é um soez desaforo a todos e a cada um…, é uma desafio à nossa inteligência, é um insulto à nossa condição de cidadãos que por dá cá aquela palha somos autuados por não termos cumprido uma qualquer lei cuja existência desconhecíamos sob o pretexto de que a ignorância ou má interpretação da lei a ninguém aproveita. Num farisaísmo jurídico que é de estarrecer.

Mas o Governo não ignorava que teria de regulamentar a lei e não o fez deliberadamente,  tanto quanto se nos afigura. Ou então por descaso, que é algo de algum modo sumamente reprovável.

A nossa intervenção, uma vez mais, repousa no velho rifão popular: “água mole em pedra dura”…

Pode ser que resulte.

Pode ser que estes “sem-vergonha” ainda tenham uma réstia de pudor e actuem.

Nestas circunstâncias, não merecem o nosso respeito.

Cerca de dois anos depois… nem novas nem mandados! Ler mais

Diário de 9-5-2023

 


Diário da República n.º 89/2023, Série I de 2023-05-09

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Substituição de membro do mecanismo nacional de monitorização da implementação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Cumprimento das formalidades constitucionais internas de aprovação do Acordo de Cooperação entre a República Portuguesa e o Reino Hachemita da Jordânia nas Áreas da Educação, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Cultura, Juventude, Desporto e Comunicação Social, assinado em Lisboa, em 16 de março de 2009

NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Entrada em vigor do Acordo entre a República Portuguesa e o Reino de Espanha relativo à Pesca no Troço Internacional do Rio Minho (TIRM), assinado em Trujillo, em 28 de outubro de 2021

Imprensa Escrita - 9-5-2023






 

Afinal, o que aconteceu aos preços dos combustíveis? Veja aqui os valores

 
Gasóleo e gasolina ficaram mais baratos esta semana. 

A semana começou com boas notícias para os condutores em território nacional, já que os preços dos combustíveis baixaram, tanto no caso do gasóleo como no da gasolina. Afinal, o que aconteceu? As variações foram mesmo as esperadas? 

O preço médio do gasóleo simples baixou de 1,442 €/litro para 1,405 €/litro, de acordo com dados divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Trata-se de uma redução de 3,7 cêntimos

Já a gasolina simples 95 desceu de 1,650 €/litro para 1,613 €/litro, menos 3,7 cêntimos também.  Ler mais

 

Warren Buffett compara IA à bomba atómica

 O empresário não está certo que, a longo-prazo, seja algo bom.

O CEO da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, comparou o aparecimento da Inteligência Artificial (IA) à criação da bomba atómica, indicando não estar certo de que seja algo propriamente bom para a humanidade.

“Inventámos a bomba atómica por uma razão muito, muito boa. E, para a Segunda Guerra Mundial, foi muito bom que o fizéssemos. Mas será que foi bom para os 200 anos seguintes ter essa capacidade?”, questionou-se Buffett durante o encontro anual da Berkshire Hathaway.

“Com a IA podemos mudar tudo no mundo, com exceção à forma como pensamos e nos comportamos e é um grande passo a tomar”, notou o empresário de acordo com o Business Insider.

 

Direto ao Consumo - Rádio Valor Local

 

Ouvir

segunda-feira, 8 de maio de 2023

ACÇÃO COLECTIVA EUROPEIA: “AI DEUS, E U É”?


Portugal não transpôs, até 25 de Dezembro p.º p.º, a directiva que de novo regra a acção colectiva europeia: as anteriores restringiam-se ao escopo inibitório (pela acção, fazer cessar ou proibir prática lesiva dos direitos do consumidor); a actual estende o seu alcance à indemnização dos prejuízos de que padece, por regra, uma mole imensa de consumidores.

A Directiva concedera um período de ‘digestão’ de 6 meses (da sua publicação ao começo de vigência: 23 de Junho de 23) para assimilação do seu conteúdo.

Portugal, uma vez mais, borregou: não transpôs a directiva e, não tarda, estamos… em Junho!

As regras nela plasmadas nem sempre se têm por mais progressivas que as que vigoram internamente.

Mas há aspectos, como os do financiamento das acções (o necessário suporte económico para o seu desencadeamento, indispensável, quantas vezes!) que entre nós jamais se legislaram e parece haver que considerar ante os denominados “fundos-abutre”, como o denuncia a ProPública – Direito e Cidadania, fundada por Agostinho Miranda.

Eis o que regista em comunicado recente:

“A PP manifesta a sua  estranheza e perplexidade perante a continuação da situação criada por supostas associações de consumidores, constituídas à pressa com o propósito de intentar acções milionárias, ditas populares mas financiadas por fundos internacionais vulgarmente conhecidos por “fundos- abutre”.

A fusão tóxica dos mecanismos da acção popular com o financiamento por entidades do mundo financeiro representa a instrumentalização daquela via de defesa dos direitos colectivos, favorecendo antes interesses privados de natureza especulativa.

No entender da ProPública, estamos a assistir a um abastardamento da acção popular, um instituto previsto na Constituição da República para a protecção do bem público e a participação dos cidadãos na realização da justiça.

O funcionamento dos tribunais, nomeadamente do Tribunal da Concorrência, é suportado pelo dinheiro dos contribuintes, sendo incompreensível a sua canibalização por parte de fundos financeiros cujo funcionamento não está sequer regulado na lei portuguesa. “

Ora, a Directiva de 25 de Novembro de 2020 estabelece como regras a adoptar nesse particular:

“Os Estados asseguram que, caso uma acção colectiva [reparatória] seja financiada por um terceiro, na medida em que o direito nacional o permita, se evitem conflitos de interesses e que o financiamento por terceiros que tenham um interesse económico na proposição ou no resultado da acção colectiva … não [a] desvie da protecção dos interesses colectivos dos consumidores.

Os Estados asseguram, em particular, que:

§  As decisões tomadas pelas entidades [dotadas de legitimidade] no contexto de uma acção colectiva, incluindo decisões relativas a acordos de indemnização, não sejam indevidamente influenciadas por um terceiro, de uma forma que prejudique os interesses colectivos dos consumidores…;

 

§  A acção colectiva não seja intentada contra um demandado que seja concorrente do financiador ou contra um demandado do qual o financiador dependa.

Os Estados asseguram que os tribunais … tenham, no âmbito de uma acção colectiva [reparatória], poderes para avaliar o cumprimento do [precedentemente] disposto caso surjam dúvidas justificadas a esse respeito. Para o efeito, as entidades dotadas de legitimidade apresentam ao tribunal… uma síntese financeira que enumere as fontes de financiamento utilizadas para apoiar a acção colectiva.

Os Estados asseguram ainda que, para [tal] efeito, os tribunais… tenham poderes para adoptar as medidas adequadas, como exigir à entidade legitimada que recuse ou faça alterações ao financiamento em causa e, se for caso disso, rejeitar a legitimidade [de uma tal] entidade numa determinada acção colectiva. Se a legitimidade [dessa] entidade for rejeitada …, tal rejeição não afecta os direitos dos consumidores [nela] abrangidos.”

Pende ainda no Parlamento Europeu um Documento de 17 de Junho de 2021 que tende a reforçar os limites ao financiamento das acções, quando admitido.

Há que barrar todos os desvios, há que reforçar a legalidade e o estatuto dos consumidores e suas lídimas instituições.

 

Mário Frota

presidente emérito da apDC – DIREITO DO CONSUMO - Portugal

 

Há mais de 2.800 candidatos à ‘beira de um ataque de nervos’: programa Porta 65+ tem lista de espera de quase um ano

  Há atualmente 2.800 candidatos à espera de resposta das candidaturas ao apoio Porta 65+: a lista de espera tem já quase um ano, quando a...