55 774 é o número de reclamações registadas na ERS e ocorridas até 30 de
setembro de 2022. Mas este número equivale a 87 182, já que cada
reclamação trazia outras associadas. Um número que é também idêntico aos
de anos anteriores e com os setores público e privado a liderarem a
insatisfação dos utentes. Embora, por razões diferentes. O acesso aos
cuidados no público, os preços dos atos no privado. Quem gere as
unidades diz: "Nenhuma reclamação pode ser desvalorizada, todas são
importantes".
Os portugueses estão habituados a manifestar a sua insatisfação em
relação aos cuidados e serviços de saúde. Tanto faz que estes sejam
realizados no Serviço Nacional de Saúde (SNS), como nas unidades
privadas ou sociais. As queixas chegam à Entidade Reguladora de Saúde
(ERS), que - desde 2015, ficou com a competência de "garantir os
direitos relativos ao acesso aos cuidados de saúde, à prestação de
cuidados de saúde de qualidade e demais direitos dos utentes e a
verificação da legalidade e transparência das relações económicas entre
os diversos operadores, entidades financiadoras e utentes" - e não param
de aumentar ano a ano. Ler mais