Segundo dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2023 realizaram-se 85.041 partos em hospitais, dos quais 18,2% em unidades de saúde privadas, num crescimento de 5% face a 2022 e de 4,2 pontos percentuais se recuarmos uma década. Nos hospitais públicos, ou parceria público-privada, houve um aumento de 2% para 69.556 partos. Na Área Metropolitano de Lisboa, 31% dos partos realizaram-se no privado, sendo que só em Lisboa representaram 56% dos 18.164 partos – mais 12 pontos percentuais quando comparado com 2013.
O Porto registou 7.726 partos, dos quais 35% no privado, um crescimento de cinco pontos percentuais face a 2013 – Braga foi o terceiro concelho com mais partos, com 10% no privado, menos dois pontos percentuais.
Diogo Ayres de Campos, presidente da Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia, lembrou que “há uma resposta enorme da medicina privada em Lisboa e Vale do Tejo” – no entanto, sublinhou, “nunca tinha ficado em Lisboa acima dos 50%, numa fasquia psicológica elevada”. 2023, recordou, foi um ano “muito conturbado na Obstetrícia e Ginecologia nacional, sobretudo para a região de Lisboa e Vale do Tejo, com uma resposta muito débil na assistência obstétrica no SNS”.
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