quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Como a Coca-Cola acabou com a água de 800 famílias em Minas Gerais.

“Coca-Cola não mata a sede, nem molha as plantas”, lia-se em um pequeno cartaz pregado na parede de um auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Esta foi uma das dez manifestações exibidas em faixas de protesto durante a audiência pública no dia 10 de setembro para questionar o resultado do termo de compromisso assinado em junho pela Coca-Cola com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

A sala lotou com moradores de Suzana e Campinho, duas comunidades rurais em Brumadinho, a 55 quilômetros de Belo Horizonte. Ambas estão sem água desde 2015, quando a indústria se instalou em Itabirito, cidade vizinha.

A audiência foi convocada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT) após constatar que o termo de compromisso não contemplava a principal reivindicação das mais de 800 famílias: que suas nascentes voltem a verter água.

Durante o inquérito civil, o MPMG determinou que a Coca-Cola e a autarquia de abastecimento de água de Itabirito, SAAE, encomendassem estudos de impacto hídrico para verificar se o bombeamento de água para a fábrica interferia na vazão das nascentes que servem às comunidades. Ler mais

“Coca-Cola não mata a sede, nem molha as plantas”, lia-se em um pequeno cartaz pregado na parede de um auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Esta foi uma das dez manifestações exibidas em faixas de protesto durante a audiência pública no dia 10 de setembro para questionar o resultado do termo de compromisso assinado em junho pela Coca-Cola com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A sala lotou com moradores de Suzana e Campinho, duas comunidades rurais em Brumadinho, a 55 quilômetros de Belo Horizonte. Ambas estão sem água desde 2015, quando a indústria se instalou em Itabirito, cidade vizinha. A audiência foi convocada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT) após constatar que o termo de compromisso não contemplava a principal reivindicação das mais de 800 famílias: que suas nascentes voltem a verter água. Durante o inquérito civil, o MPMG determinou que a Coca-Cola e a autarquia de abastecimento de água de Itabirito, SAAE, encomendassem estudos de impacto hídrico para verificar se o bombeamento de água para a fábrica interferia na vazão das nascentes que servem às comunidades. Foram nove anos de investigação, em que os relatórios apresentados pela indústria e pela autarquia foram contestados por um geólogo da sociedade civil. Até que, em 2022, um relatório constatou que há, sim, interferência. Foi aí que o inquérito se encaminhou para o encerramento.. » O Joio e O Trigo é uma instituição sem fins lucrativos e todo o nosso conteúdo é feito sob a licença Creative Commons. Para republicar nossas reportagens gratuitamente, é preciso mencionar o nome do nosso projeto e do autor do texto, entre outras regras disponíveis na nossa Política de republicação (https://ojoioeotrigo.com.br/politica-de-republicacao) «

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