sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Tribunal obriga Renault a ligar baterias que bloqueou


Donos compraram viaturas com bateria própria, mas a financeira do grupo Renault diz que, afinal, são alugadas e exige pagamento. Justiça deu cinco dias à marca francesa para resolver.

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa mandou a Renault e a financeira RCI (agora Mobilize Financial Services) pôr em funcionamento as baterias dos carros elétricos de nove lesados, bloqueadas por alegada falta de pagamento. A juíza entende que o bloqueio remoto das baterias é um "ato ilícito" e deve, agora, ser a financeira do grupo Renault, se assim o entender, a fazer prova da existência de um contrato de aluguer em dívida. A marca insistiu que se tratou de uma burla do concessionário E-Drive, de Vila do Conde, que terá faturado, desta forma, pelo menos cerca de um milhão de euros.

O caso foi denunciado pelo JN a 17 de janeiro. Mais de uma centena de Renault Zoe elétricos de particulares, empresas e até câmaras municipais viram as baterias bloqueadas do dia para a noite. Foram todos importados e comprados no stand E-Drive. Na fatura constam como "viatura sem aluguer de bateria" e no registo de propriedade não há qualquer reserva. A Mobilize diz que têm todos contratos de aluguer celebrados no estrangeiro e exige, agora, aos lesados que celebrem novo contrato (pagando entre 69 e os 119 euros por mês durante dez anos) ou adquiram a bateria (que custa, no mínimo, sete mil euros). Acesso pago

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