segunda-feira, 30 de maio de 2022

“Estamos a assistir a um processo de degradação cognitiva”: o smartphone está a mudar o nosso cérebro e a forma como pensamos

Sobrecarga de estímulos está a fazer diminuir a capacidade de concentração e ameaça a criatividade e o raciocínio abstrato

Se não for interrompido, deverá levar cerca de oito minutos a ler este texto. Durante esse tempo, é provável que o seu telemóvel toque algumas vezes com mensagens de WhatsApp a cair, um email a chegar, a notificação de uma notícia num site de informação, da publicação de um amigo ou de alguém que siga numa rede social. É possível que receba uma chamada, que tenha a televisão ligada, o computador a funcionar e talvez um smartwatch no pulso a vibrar. 

E mesmo que esteja interessado, é quase certo que não conseguirá chegar ao fim do artigo sem desviar a atenção mais do que uma vez. Vai acabar por levar mais tempo e reter menos do que se estivesse focado. O mesmo acontece quando estamos a estudar ou a trabalhar, e os efeitos já se notam na produtividade. O cérebro não está programado para lidar com a sobrecarga de estímulos que a tecnologia fez explodir à nossa volta e a capacidade de concentração está a diminuir. “Estamos a assistir a um processo de degradação cognitiva”, alerta o especialista do MIT em Neurociências Earl Miller. Acesso pago

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