Anúncios de emprego falsos têm levado milhares de vítimas de tráfico humano para esquemas de burla online, feitos a partir de verdadeiras fábricas. A Interpol diz que o problema é global, tal como o das armas impressas em 3D.
As “fábricas” de burlas online, que usam como mão de obra vítimas de tráfico humano,
estão a crescer por todo o mundo. O alerta é da Interpol, que no mais
recente relatório sobre tendências criminais, divulgado esta semana,
considera já o problema global.
A utilização de pessoas atraídas por promessas de contratos de trabalho falsos
para este tipo de funções, onde são mantidas em cativeiro e muitas
vezes sujeitas a maus tratos, não é nova. Começou por ser detetada em
alguns países do sudeste asiático e por ter como vítimas principalmente
cidadãos de nacionalidade chinesa.
Países como o Camboja ou o Laos estão referenciados por acolherem há anos estas “fábricas” de burlas digitais. Mais recentemente foram conhecidos detalhes de outro centro deste tipo no Mianmar, o KK Park. Depois de mais algumas fugas de trabalhadores forçados, as autoridades montaram uma operação para desmantelar o negócio e resgataram 7 mil trabalhadores. Segundo a Interpol há pelo menos mais quatro países asiáticos com operações idênticas. Noutras regiões do globo, como a África Ocidental, Médio Oriente e América Central há indícios de esquemas do mesmo género. Ler mais

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