Nas grandes superfícies já não há, na prática, trabalhadores nas caixas registadoras.
Os clientes são obrigados a ir para o "self-service", passando os bens, um a um, para leitura do código de barras e fazer o pagamento com cartão de débito ou de crédito.
Depois (dizem eles que aleatoriamente) surgem trabalhadores seus que, trazendo uma cópia da factura, vão junto do consumidor vasculhar os seus sacos à procura de produtos que hajam sido furtados.
Ora, além da impossibilidade do pagamento dos bens em numerário, o consumidor é obrigado, além de pagar, a fazer o trabalho que lhe não compete, sendo até natural que se engane, por não saber fazer a operação, e sem qualquer indício, ver-se auditado nas compras que acabou de fazer e ser considerado como desonesto, quando é pessoa de toda a respeitabilidade e credibilidade.
Como é que os consumidores aceitam sem pestanejar este estado de coisas?
Tem mais vantagens no preço por ser ele a fazer o trabalho de trabalhadores que nem sequer são admitidos pelas empresas porque têm mão-de-obra gratuita?
Em França, nas estações de serviço, o combustível em auto-abastecimento era mais barato do que se o abastecido por um trabalhador da companhia.
Em Portugal somos uma “cambada” de “atentos, veneradores e obrigados” com a coluna dócil e as vénias até ao chão…
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