quarta-feira, 3 de julho de 2024

Smartphone. O nosso segundo cérebro

O smartphone amplia as nossas capacidades, permite-nos chegar mais longe e mais depressa. Mas também tem o seu reverso. Sem ele ficamos perdidos e desorientados, não sabemos que horas são nem o que vestir, o que fazer ou para onde ir.

No tempo em que os animais falavam, quando alguém tinha de acordar cedo no dia seguinte marcava a hora do alarme no rádio-despertador pousado na mesa-de-cabeceira. 

Se tivesse de ir a algum lado e não dispusesse de carro próprio, dava corda aos sapatos ou ia até à paragem de autocarros mais próxima; no limite apanharia um táxi. Se tivesse de se lembrar de um compromisso, apontava-o na agenda. Se quisesse ouvir uma música, ligava o rádio ou punha um cd da bandeja do leitor. Se precisasse de comprar alguma coisa ia até à loja; e, se não precisasse mas quisesse apenas sonhar um pouco, deslocava-se até à zona do comércio para ver as montras. Em última análise, se sentisse fome, cortava uma fatia de pão e punha-a na torradeira – não pegava no telemóvel à procura de uma app que lhe trouxesse a comida à boca. O telejornal dava à hora certa e incluía o espaço do boletim meteorológico. Ler mais

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