No tempo em que os animais falavam, quando alguém tinha de acordar cedo no dia seguinte marcava a hora do alarme no rádio-despertador pousado na mesa-de-cabeceira.
Se tivesse de ir a algum
lado e não dispusesse de carro próprio, dava corda aos sapatos ou ia
até à paragem de autocarros mais próxima; no limite apanharia um táxi.
Se tivesse de se lembrar de um compromisso, apontava-o na agenda. Se
quisesse ouvir uma música, ligava o rádio ou punha um cd da bandeja do
leitor. Se precisasse de comprar alguma coisa ia até à loja; e, se não
precisasse mas quisesse apenas sonhar um pouco, deslocava-se até à zona
do comércio para ver as montras. Em última análise, se sentisse fome,
cortava uma fatia de pão e punha-a na torradeira – não pegava no
telemóvel à procura de uma app que lhe trouxesse a comida à boca. O
telejornal dava à hora certa e incluía o espaço do boletim
meteorológico. Ler mais
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