Imigrantes desesperados pela obtenção ou renovação da licença de residência compram agendamentos para acesso à AIMA a grupos mafiosos que, para impedir os interessados de o fazerem diretamente, sobrecarregam as linhas telefónicas da agência. Há queixas na Polícia Judiciária.
Apenas por telefone é possível agendar um contacto personalizado
com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), substituta
do ex-Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Mas as linhas
telefónicas permanentemente saturadas impedem os imigrantes,
desesperados por um título de residência, ou pela renovação do mesmo, de
lograrem, por si mesmos, marcar o acesso presencial à agência. Contudo,
via redes sociais, vão recebendo propostas de venda de agendamentos
rápidos oriundas de indivíduos ou de grupos organizados, a troco de
avultadas quantias. Vários advogados já apresentaram queixa na Polícia
Judiciária (PJ). Ao que o NOVO apurou, por trás da sobrecarga das linhas
telefónicas estão grupos mafiosos que, recorrendo a plataformas
digitais avançadas, dificultam o acesso a quem utiliza um telefone
normal para se apoderarem, eles próprios, das chamadas atendidas pela
AIMA, fornecendo para agendamento os dados dos clientes a quem prestam
serviços. Ler mais
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