sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

DENÁRIA PORTUGAL 1.ª CONFERÊNCIA NACIONAL Lisboa, 22 de Fevereiro de 2022

 



ORAÇÃO DE ABERTURA

a cargo de Mário Frota,

seu mandatário nacional

 

 Senhoras e Senhores

Distintos Conferencistas

 

Salve!

Aos que se propuseram aceder ao convite que se lhes dirigiu, uma palavra de apreço e de homenagem.

De apreço porque se revelam despertos, na estonteante massificação dos fenómenos sociais, para iniciativas do jaez das que nos movem na imersão de modelos que se têm, quantas vezes, por menos úteis aos Homens e Mulheres e para a comunidade circum-envolvente.

De homenagem porque em sociedade acrítica e ignominiosamente manipulável por interesses que se insinuam por formas menos ortodoxas, desfrutam de uma capacidade singular e crítica que se manifesta, quanto mais não seja, pelo intuito de ouvir, de filtrar, de impugnar, contraditando e concluir.

Em Paulo de Morais, uma voz a ecoar entre nós, como um toque a rebate em tempos de Cidadania comprometida e que arregimenta na Frente Cívica um dos últimos esteios de resistência ao amorfismo, ao acriticismo e à anestesia reinante, saúdo, afinal, quantos nos honram com a sua presença e conferem ao acto de lançamento da DENÁRIA PORTUGAL a relevância que se lhe reconhece.

Especial aceno às autoridades que se dispuseram a marcar presença: da Direcção-Geral do Consumidor, cuja figura primeira se acha ausente do País, à Autoridade Reguladora do Mercado em Geral, a ASAE.

Saúdo ainda quantos se propuseram integrar os painéis e acompanhar-nos na Jornada que ora nos congrega, do Banco de Portugal ao Banco Alimentar contra a Fome, da União Distrital das IPSS à apDC – Direito do Consumo / Portugal, da Confederação do Comércio de Portugal, à Associação Nacional de Freguesias e à Associação das Marcas de Retalho e Restauração.

Especial alusão aos moderadores em que repousa, afinal, a condução dos trabalhos que se pretende singular e marcante.

À Confederação do Comércio e Indústria Portuguesa,  que nos acolhe nas suas vetustas instalações e ao seu preclaro presidente, Dr. Rui Miguel Nabeiro, o patente reconhecimento e o enlace de propósitos que no acto se reflecte.

Constitui para nós suma distinção, o outorgar-se-nos a missão de mandatário de uma instituição que surge em momento em que se intensificam as medidas para a exclusão das notas em papel e das moedas metálicas, em circulação, do giro comercial.

E o facto revela-se-nos de uma crueza desumanizante: um cidadão sem acesso a meios de pagamento digitais que se acerque de um estabelecimento de padaria para adquirir dois papo-secos vê-lhe negado o acesso ao pão, alimento essencial, por não ser detentor de uma tarjeta de crédito e ou débito.

E este facto surreal ocorre quotidianamente nesta que fora outrora a Capital de um invejável Império.

A simples recusa de um nota ou de moedas metálicas berra na paisagem do sistema e constitui uma afronta a direitos elementares.

E, no entanto, aí está a impor se cerrem fileiras em homenagem a elementares princípios e a direitos inalienáveis.

É, ademais, uma forma de exclusão, de ignóbil discriminação que um qualquer bonus pater famílias, um cidadão comum, afinal, se recusaria a admitir.

A Denária Portugal surge, como emanação da sociedade civil,  em momento delicado em que se pretende que a transição da denominada sociedade analógica para a sociedade digital ocorra de modo acelerado com eliminação de todos os traços do passado e uma legião de deserdados da fortuna a engrossar as hostes dos excluídos.

E o escopo que se lhe imprime é o de assegurar, prima facie,  que a moeda com curso legal subsista pelos relevantes e indescartáveis interesses que nela convergem.

Nada de tão elementar, nada de mais desafiante: Ler mais

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