Como sociólogo, Jean Baudrillard
procurou compreender algumas dimensões e expressões da sociedade
ocidental contemporânea, sobretudo da segunda metade do século XX. Uma
dessas dimensões foi a lógica de produção-consumo.
Chegados
a um desenvolvimento tecnológico nunca antes conseguido, desde que
tenhamos dinheiro, é-nos possível adquirir todos os bens materiais e
serviços que possam ser fabricados e disponibilizados, onde quer que
seja. Dispensamos a regulação estatal democrática que vela, ou deveria
velar, pelo bem comum. O nosso foco é a satisfação individual e
individualista, o nosso lema é produzir mais para poder consumir mais.
Os outros não nos interessam propriamente como pessoas, pois não é na relação eu-outros que assenta o nosso estatuto social, ele assenta na aquisição de produtos. É evidente que os outros fazem o mesmo para connosco. E assim nos tornámos escravos, sem consciência de o sermos, numa sociedade que parece rebrilhar, é certo que mais para uns do que para outros. Ler mais
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