Entre o aumento de preços, há denúncias que estão a ser investigadas pela ASAE, embora não haja confirmação de qualquer ilegalidade.
A guerra na Ucrânia fez subir consideravelmente os preços, em muitos sectores, e no caso dos produtos alimentares o aumento deverá chegar aos 30%.
Os números foram partilhados por Gonçalo Lobo Xavier, director-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, à CNN Portugal.
Para já, continuou Lobo Xavier, não há problemas nas cadeias de abastecimento dos supermercados portugueses. O controlo nas vendas de óleo e farinha é realizado por precaução, para garantir a reposição de stocks.
Entre os aumentos, já foram apresentadas denúncias sobre algumas práticas relacionadas com esse aumento.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) indicou à CNN Portugal que está a investigar cerca de 10 denúncias sobre aumento de preços em vários bens, alimentares e não alimentares.
No entanto, para já, não foi confirmada qualquer ilegalidade, acrescentou a mesma fonte da ASAE.
No mesmo esclarecimento, a ASAE avisou que, se não houver motivos que justifiquem essa subida, a a prática de preços excessivos poderá constituir um crime de especulação.
“No entanto, e em traços muito gerais, não existindo preço legal definido (ou margem de lucro definida) para os bens, a norma penal só é preenchida quando se comprovar a existência de intenção de um lucro ilegítimo”, disse a fonte, explicando que a entidade analisa caso a caso.
A entidade comentou que está atenta a esta tendência, está a acompanhar o aumentos de preços em Portugal, como consequência do conflito.
Esse acompanhamento tem sido realizado, quer a nível presencial, quer na análise aos sites.
Nuno Teixeira da Silva, ZAP //
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