Na freguesia de Lordosa, no concelho de Viseu, a falta de saneamento básico e rede de água pública continua a ser uma dura realidade para pelo menos 60 agregados familiares. Em Vilar de Lordosa, Belarmino Almeida, de 69 anos, exemplifica o desafio diário: para ter água na sua casa, precisa de encher manualmente um tanque de 500 litros com uma mangueira ligada a uma bica pública.
Belarmino, construtor civil aposentado, descreve a exaustiva rotina
em entrevista à Renascença: “Abasteço com esta mangueira que tenho aqui,
com este funil, ponho naquela bica que tem água suficiente, e encho o
depósito. Todos os dias tenho de encher para tomarmos banho e usar na
cozinha. Isto é cansativo, uma trabalheira. Sempre foi assim. Não há
forma disto mudar”, lamenta. A situação agrava-se quando está sozinho em
casa e precisa de esperar pela ajuda dos filhos para completar a
tarefa. “Às vezes, chegamos às 10 da noite a encher isto. E esta fonte
no verão seca, agora ainda deita mais ou menos, mas em agosto fica
seca.” Ler mais