segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Pedro Nuno Santos abre porta complementar à Segurança Social

 


O recém-eleito líder do PS admite um mecanismo de poupança, complementar à Segurança Social, apoiado e executado pelo Estado que envolva trabalhadores e empregadores. 

O novo secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, admitiu em entrevista ao ECO e na sua moção de estratégia que, “em complemento à pensão em sistema de repartição, todos os trabalhadores devem poder beneficiar de um patamar de proteção que melhore os seus rendimentos através de um mecanismo de poupança apoiado pelo Estado, constituído por esforço conjunto dos trabalhadores e dos empregadores, privilegiadamente obtido na negociação coletiva e executado por um sistema público”, disse. Ler mais

mprensa Escrita - 18-12-2023





 

Podcast Direito do Consumidor | Ep. 3 Comércio eletrônico

 


Neste podcast da Ejug, o desembargador Marcus da Costa Ferreira conversa com o professor Mário ngelo Leitão Frota, presidente da Associação Portuguesa de Direito e Consumo, com quem discute as regras do comércio eletrônico e proteção dos consumidores. Ver mais

China Southern Airlines vai honrar os bilhetes vendidos a…€1.30 após erro informático

 

Contra todas as expectativas, a China Southern Airlines anunciou que irá honrar a venda de bilhetes a €1.30, resultado de uma falha técnica de duas horas que afectou a sua aplicação para telemóvel e várias outras plataformas de reserva.

O “glitch” em questão incidiu sobre a aplicação da companhia aérea e sobre uma série de outras plataformas – como a conhecida Trip.com – tendo resultando num inesperado presentes para os clientes mais atentos e que foram suficientemente rápidos para aproveitar a oportunidade. Os primeiros relatos do erro começaram a surgir nas redes sociais chinesas, com vários utilizadores a partilharem imagens de voos de/para a cidade de Chengdu, a partir de uns absurdos 10 yuan (€1,29).

De acordo com o portal online China Travel News, uma captura de ecrã em particular mostrava um bilhete de Chengdu para Pequim com o preço supramencionado de 10 yuan, em contraste com a tarifas habituais que rondam os 400 a 500 yuan (aproximadamente €51,00 a €65,00). Estes preços ridiculamente baixos estiveram disponíveis por cerca de duas horas. Apesar das tarifas inéditas, os compradores eram também obrigados a pagar 110 yuan adicionais (€14,20) em taxas de aeroporto e sobretaxas de combustível. No entanto, mesmo com esses extras, o preço final continuou significativamente mais baixo do que as tarifas-padrão para esta rota. Ler mais

 

Graduação e Programa Pós-Graduação em Direito Unaerp realiza palestra com especialista internacional


 No dia 16 de novembro, a Unaerp recebeu o professor Dr. Mário Frota da Universidade de Coimbra e presidente da Associação Portuguesa de Direito do Consumo para ministrar uma palestra sobre a Proteção do Consumidor na Europa. O evento foi realizado pela Graduação e Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Direitos da Universidade de Ribeirão Preto. Ver mais

Mais do que 1.000 qubits: recorde na computação quântica

 
O máximo, que tinha sido atingido pela IBM, foi ultrapassado (de longe) por uma startup chamada Atom Computing.

Pode estar a escapar à maioria dos leitores de notícias, mas a computação quântica tem estado em evolução visível ao longo dos últimos anos.

Desta vez a protagonista é a Atom Computing, uma startup especializada nessa tecnologia emergente.

Foi a Atom que criou, pela primeira vez, um computador que supera os 1.000 qubits.

Mais concretamente, chegou aos 1.180 qubits. Ou seja, quase o triplo do recordista anterior, o computador quântico Osprey, da IBM, que se fica pelos 433 qubits. Ler mais

 

"Máquinas são para respostas; seres humanos, para perguntas"[1] Kevin Kelly


Aos poucos, um texto bem escrito surge na tela. É uma análise detalhada de um processo jurídico, contendo a descrição dos fatos, os pontos controvertidos, a questão central, as normas aplicáveis, os argumentos das partes e os respectivos pedidos. A profundidade da resposta daria a entender que o material foi elaborado após horas de pesquisa meticulosa e redação cuidadosa por um jurista experiente. No entanto, o texto foi produzido pelo ChatGPT em poucos segundos. Sim, poucos segundos.

Parece um futuro distante, mas não é. Esse já é o dia a dia de muitos juristas, inclusive juízes e juízas, que estão sendo treinados para usar o ChatGPT de forma cuidadosa, ética e eficiente. Desde o início do ano, estamos ministrando um curso de escrita jurídica com o ChatGPT, credenciado pela Enfam (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados), em que mostramos as potencialidades, os limites e os riscos do uso da inteligência artificial generativa.

No curso, ensinamos não só a teoria por trás do ChatGPT, mas sobretudo a sua correta aplicação prática. E isso vai muito além da melhoria da redação jurídica, correção de erros gramaticais ou produção de minutas. Dominando a ferramenta de modo adequado, sobretudo no modo interpretativo e interativo, é possível usar o ChatGPT para orientar na formulação de quesitos, propor possíveis perguntas em audiência, ajudar na valoração de provas textuais, mapear argumentos, estruturar o pensamento com layouts configurados pela finalidade, fornecer análises jurídicas preliminares, gerar ementas ou relatórios de modo automático, inserir figuras de estilo e de retórica para melhorar a elegância do texto, aprimorar o poder de persuasão, construir hipóteses contrafactuais e mostrar diversas perspectivas de um problema.

Tudo isso nos leva a algumas inquietações: esse uso abrangente do ChatGPT na atividade jurídica tende a atrofiar as nossas capacidades cognitivas ou, em vez disso, estamos abrindo um novo mundo de possibilidades para expandir o pensamento? Estamos colocando em risco a profundidade de nossa própria análise ao permitir que uma máquina contribua com sugestões? Será que isso não irá gerar uma preguiça mental e uma dependência tecnológica que nos deixará incapacitados de pensar criticamente sem o auxílio da inteligência artificial?

A reposta é sim e não.


(Continua)

Jornal As Beiras - 26-12-2025