sábado, 1 de novembro de 2025

Os bebés em Portugal crescem a comer ultraprocessados, e todos fingimos que não vemos: “Existe confiança na ideia de que, se diz que é para bebés, é porque é seguro”

 

Em Portugal, os bebés aprendem a gostar de açúcar antes de dizer as primeiras palavras. Carolina Almeida, fundadora do projeto Comida de Bebé, denuncia a normalização dos ultraprocessados nas creches e pede uma mudança que comece pela lei, e pela consciência coletiva.

Aos olhos de Carolina Almeida, fundadora do projeto Comida de Bebé, a forma como Portugal alimenta os seus filhos é um espelho do país que somos: desinformado, burocrático e complacente com os ultraprocessados. Há cinco anos, começou a traduzir ciência em linguagem acessível e a partilhar informação sobre introdução alimentar nas redes sociais, num tempo em que quase não se falava do tema. Hoje, o seu trabalho tornou-se uma referência — e também um alvo de críticas vindas de profissionais que a acusam de se imiscuir num campo “técnico”.

Carolina nunca se apresentou como nutricionista nem médica, mas defende que o conhecimento não pode ficar fechado nos consultórios. Foi com essa convicção que lançou, em 2022, a petição “Pela legislação da alimentação e ementas nos berçários e creches em Portugal”, um movimento cívico que reuniu milhares de assinaturas e chegou ao Parlamento. O objetivo: proibir alimentos ultraprocessados, com sal e açúcar adicionados, nas ementas das creches e berçários, onde muitos bebés fazem metade das refeições diárias. Ler mais

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