A IGAS – Inspeção-Geral das Atividades em Saúde – vai dar prioridade máxima à investigação dos casos no SNS, revelou esta segunda-feira a ‘CNN Portugal’.
Segundo o canal televisivo, o organismo colocou três inspetores a trabalhar exclusivamente no caso das cirurgias dermatológicas no Hospital de Santa Maria, que valeu ao profissional ganhar 400 mil euros em 10 sábados.
Outro caso sob foco é a investigação à alegada teia de favorecimento da indústria farmacêutica à associação portuguesa de administradores hospitalares: o então presidente Alexandre Lourenço terá recebido 1,3 milhões de euros de financiamento da indústria farmacêutica.
Recorde-se que no passado dia 22 a IGAS abriu um processo de inspeção na sequência de uma denúncia de um alegado patrocínio da indústria farmacêutica com a finalidade de subornar a APAH (Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares) para que os administradores hospitalares influenciassem a aquisição de certos medicamentos em vários hospitais, muitos do SNS, confirmou o inspetor-geral de Saúde, Carlos Caeiro Carapeto.
Na denúncia que chegou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde está indicado o nome de Alexandre Lourenço, antigo responsável da APAH e atual presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Coimbra, acusado de integrar uma teia de interesses nos bastidores da saúde, incluindo viagens pelo mundo à custa a indústria farmacêutica.
Em comunicado, o administrador hospitalar sublinhou que a sua conduta “sempre se pautou por princípios de legalidade, ética, transparência e respeito pelo interesse público”. “A minha história profissional é pública, documentada e sujeita ao escrutínio de todos – e fala por si”, referiu.

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