Governo corta 60% dos vales para pobreza energética e aposta em obras e eletrodomésticos

O programa Vale Eficiência, criado para ajudar famílias vulneráveis a combater a pobreza energética, sofreu um corte de 60% na sua meta inicial, avança o jornal Público. Dos 100 mil vales previstos, apenas 40 mil vão avançar, depois de quatro anos em que nem 20 mil chegaram ao destino.

 Com o apoio do PRR, cada vale tem o valor de 1300 euros. Contudo, os atrasos na implementação, a falta de técnicos e as regras pouco atrativas levaram a uma fraca adesão e mais de quatro mil vales atribuídos continuam por utilizar.

Para evitar perder os 78 milhões de euros inicialmente reservados para o programa, o Governo transferiu esse valor para duas novas medidas: o programa e-Lar, que apoia a compra de eletrodomésticos eficientes, e o Bairros Mais Sustentáveis, que financia obras em mil edifícios sociais ou históricos até junho de 2026.

A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, garante que estas alterações alinham o plano com a realidade e asseguram impacto efetivo no combate à pobreza energética. Portugal tem agora pouco mais de um ano para distribuir os restantes 20 mil vales e executar os novos apoios, que contam com um orçamento total de 90 milhões de euros.