Após as eleições americanas, resultando na vitória de Donald Trump, assistimos a movimentos económicos desde a possibilidade da concretização de uma guerra comercial sem precedentes até a um conjunto de decisões empresariais no interior dos Estados Unidos, que causam apreensão.
A introdução de tarifas por parte do Governo americano, como forma de pressão externa e de estímulo interno, é das decisões económicas mais irracionais que alguma vez foi tomada. Num artigo de opinião, o economista Ricardo Reis diz-nos que a imposição de uma tarifa de 10% à China, faz com que os americanos vejam o preço do bem aumentar 9,5% enquanto os chineses receberão menos 0,5%, transferindo o acréscimo do preço de forma integral para os bolsos dos próprios americanos.
Se o objetivo é proteger a economia americana, mas a consequência é empobrecer os americanos, que racionalidade terá a implementação de uma medida desta natureza? A partir do momento em que os dados demonstram que a situação orçamental está a caminhar para o descontrolo, onde as despesas são maiores que as receitas em quase 2 triliões de dólares (equivalente a 30 anos de toda a receita fiscal cobrada em Portugal) e onde a dívida do Estado americano se prevê que atinja os 30 triliões de dólares (100 vezes a dívida portuguesa), aparenta que a fixação de tarifas é na verdade um aumento de impostos sobre os americanos ao invés de uma medida de proteção da economia. Ler mais

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