Após dois trimestres consecutivos de crescimento robusto, o consumo das famílias portuguesas praticamente estagnou entre abril e junho deste ano. Esta desaceleração ocorreu num contexto em que a procura externa líquida se manteve negativa, o que tornou o crescimento económico do país ainda mais dependente do investimento. Sem este impulso, a economia poderia ter voltado a contrair-se.
Os dados mais recentes sobre a evolução do Produto Interno Bruto
(PIB) no segundo trimestre, divulgados na última semana, revelam uma
tendência preocupante para Portugal e para a zona euro em geral: o
consumo das famílias, que muitos esperavam ser o motor da recuperação
económica após os choques da inflação e das elevadas taxas de juro, pode
não desempenhar o papel esperado. Apesar de os rendimentos reais terem
continuado a recuperar, as famílias portuguesas parecem estar a optar
por reforçar as suas poupanças em vez de aumentar os gastos, mesmo num
cenário de maior confiança. Ler mais
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