terça-feira, 14 de maio de 2024

Direto ao Consumo - Rádio Valor Local

 


RÁDIO VALOR LOCAL

DIRE©TO AO CONSUMO

‘INFORMAR PARA NÃO REMEDIAR’

 

PROGRAMA

 14 de Maio de 2024

 I

LIBERDADE CONDICIONADA PELO TELEMÓVEL:

PARA ONDE CAMINHA ESTA SOCIEDADE?

 

VL

 O Prof. tem aí uma reflexão de um médico de Coimbra que parece muito interessante.

Quer revelar aos nossos ouvintes?

 MF

 

Eis o que o Dr. Diogo Cabrita, médico e pensador, nos oferece num dos seus recentes escritos em um dos matutinos da Lusa-Atenas:

  “Um jovem contou no programa da Antena 1 “portugueses no mundo”, como é a sua vida na China, dependente de um telemóvel.

 O dinheiro como objecto praticamente desapareceu e se queremos um bilhete de metropolitano, temos uma aplicação, para um restaurante, outra aplicação, para o táxi, nova aplicação, para entrar no prédio há dependência de outra aplicação, ou de um registo biométrico. Somos controlados no tempo gasto, na presença nos espaços e na actividade de compras ou de ócio.

 O telemóvel é agora um porta-moedas, um bilhete de identidade e uma chave. Por acaso também regista fotos, permite filmes e jogos e também acesso à internet e a telefonar. Tendo localizadores e mecanismos de orientação, o telefone é agora o que garante a nossa cidadania vigiada.

 Estamos protegidos pois ele indica quem se aproxima, e escolhe os encontros que desejamos ter. O telemóvel é uma rede de encontros, é uma forma de negociar e sobretudo uma fonte de informação.

 O jovem gostava, e achava que as aplicações, que só são disponibilizadas em chinês, são amigas do utilizador, fáceis de perceber, e de interiorizar, mesmo não conhecendo a língua.

 Do ponto de vista conceptual estamos perante um telemóvel que nos ajuda a orientar, que nos garante não esquecer a medicação, que nos relaciona com sistemas de segurança, que nos identifica na relação institucional. 

Associado às pulseiras, que hoje parecem relógios, o telemóvel é um analista de saúde registando pulsações, glicemias, pO2. Os telemóveis estão, portanto, além da privacidade, e convertem-se em nós mesmos. Eles interligam-se com os carros, com a televisão, com a luz de casa, e permitem abrir os estores e persianas, mesmo quando vamos de férias.

 A tecnologia invade o nosso quotidiano e começa a ser uma limitação da cidadania info-excluída. Ler mais

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