No passado dia 20 de janeiro a Unidade de Hepatologia e Transplantação Hepática Pediátrica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) celebrou 30 anos de atividade. Em entrevista, Isabel Gonçalves, coordenadora desta unidade, aborda as conquistas e os desafios na área da hepatologia pediátrica.
Atualmente, o que leva a que uma criança tenha de ser submetida a um transplante hepático?
As principais razões continuam a ser doenças em que as crianças nascem com malformações nos canais que transportam a bílis para o intestino. As crianças que são transplantadas nascem sem estes canais, ou pode ainda ocorrer o caso de os canais serem destruídos rapidamente após o nascimento. Esta condição denomina-se atresia das vias biliares e é, em todo o mundo, responsável por 30 a 40% das necessidades de transplantes, sobretudo de crianças com idades inferiores a 10 anos.
O segundo grande grupo que tem vindo a ter um crescendo de
indicações são as chamadas doenças metabólicas ou erros do metabolismo.
Em alguns centros, esta indicação já é responsável por 25% dos
transplantes por ano. Estas são situações em que existem enzimas que têm
atividade em vários órgãos. Porém, devido ao facto de o fígado ser uma
central metabólica por natureza, este erro acaba por ser demasiado
impactante. Ler mais
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