sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

“A melhoria das UCI pode ser o ponto de viragem para que as crianças não passem o resto da vida com um transplante”

 

No passado dia 20 de janeiro a Unidade de Hepatologia e Transplantação Hepática Pediátrica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) celebrou 30 anos de atividade. Em entrevista, Isabel Gonçalves, coordenadora desta unidade, aborda as conquistas e os desafios na área da hepatologia pediátrica.

Atualmente, o que leva a que uma criança tenha de ser submetida a um transplante hepático?

As principais razões continuam a ser doenças em que as crianças nascem com malformações nos canais que transportam a bílis para o intestino. As crianças que são transplantadas nascem sem estes canais, ou pode ainda ocorrer o caso de os canais serem destruídos rapidamente após o nascimento. Esta condição denomina-se atresia das vias biliares e é, em todo o mundo, responsável por 30 a 40% das necessidades de transplantes, sobretudo de crianças com idades inferiores a 10 anos.

O segundo grande grupo que tem vindo a ter um crescendo de indicações são as chamadas doenças metabólicas ou erros do metabolismo. Em alguns centros, esta indicação já é responsável por 25% dos transplantes por ano. Estas são situações em que existem enzimas que têm atividade em vários órgãos. Porém, devido ao facto de o fígado ser uma central metabólica por natureza, este erro acaba por ser demasiado impactante. Ler mais

 

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