Há gorjeta ou nem por isso? O pagamento de gratificações não é uma prática recente e continua a não ser obrigatório em Portugal. Mas há cada vez mais restaurantes a pedirem-no indiscretamente aos clientes. É culpa da inflação, ou serve de muleta para baixos salários?
Bebe-se a última gota de um café, habitualmente queimado, servido
numa chávena escaldada depois da também última garfada na sobremesa de
companhia doce. Está consumado o final da refeição. O que se segue é um movimento aéreo transversal em várias latitudes do globo.
Nos filmes, não precisa de legenda. Na vida real, não precisa de
idioma. É a linguagem gestual que todos sabem ler. Trancada a troca de
olhares com o funcionário responsável pelo atendimento, cola-se o indicador ao polegar e ergue-se o braço, por norma o direito — mas é provável os canhotos discordarem —, e gesticula-se uma tentativa de escrita no ar sem caneta.
Está na hora da conta — ou “continha”. O diminutivo serve-se bem no bom
português, que nele procura abater nos números digitados antes do sinal
de euro (€), sobretudo numa altura em que a inflação pesa sobre os
alimentos. Ler mais
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