Nos anos mais recentes, a presença do ramo empresarial da cerveja ganhou solidez, dinamismo e sofisticação em escolas públicas, algumas de grande nome. A porta de entrada tem sido – adivinhe-se... – a da "educação para a cidadania", em especial, da "educação para o empreendedorismo". Pode dizer-se que é um caso de "experiência pedagógica" adquirida por parte de certas empresas mas também de legitimação política, que o Ministério da Educação lhe tem conferido. A figura de "stakeholders" ("parceiros educativos"), constante em normativos da tutela, normaliza essa presença, que fica, agora, ao critério das escolas, a que não é alheia a influência das autarquias.
Importa
que os educadores, no sentido mais amplo e sério da palavra parem para
pensar: esta prática, que se quer inscrita na propalada
"responsabilidade social das empresas", é aceitável sob o ponto de vista
ético? Deve ser aceite sem qualquer reflexão como se fosse normal?
Para
que futuros educadores pensassem sobre o assunto com base em
conhecimento (convém que assim seja para evitar a opinião desinformada)
convidei o Professor Mário Frota, actualmente presidente emérito da apDC
– DIREITO DO CONSUMO – Portugal. A síntese da sua contribuição pode ser
lida em diversos sítios na internet, nomeadamente no do Diário Online.
Região Sul (ver aqui).
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