quarta-feira, 8 de junho de 2022

Organismo de Luta Antifraude detetou irregularidades de 500 milhões

 

O Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) recomendou a recuperação de mais de 500 milhões de euros para o orçamento da União Europeia (UE) em 2021, após ter detetado irregularidades em centenas de investigações realizadas, anunciou instituição.

 Em causa está o relatório relativo a 2021 da instituição criada para proteger os interesses financeiros da União Europeia, hoje divulgado, no qual o OLAF dá conta de que concluiu 212 investigações e emitiu 294 recomendações às autoridades nacionais e comunitárias relevantes, recomendando desde logo a recuperação de 527,4 milhões de euros para o orçamento da UE.

No ano passado, o OLAF abriu ainda 234 novas investigações, na sequência de 1.110 comunicações recebidas e analisadas pelos seus peritos.

Em comunicado, o organismo destaca as "tendências de fraude emergentes numa vasta gama de questões", com os responsáveis pelas irregularidades a serem "cada vez mais adaptáveis e sofisticados", apontando que a sua ação permitiu nomeadamente "prevenir a fraude contra o Mecanismo de Recuperação e Resiliência [...] apesar dos contínuos desafios colocados pela pandemia".

"A prevenção é a ferramenta mais eficaz que temos e está no centro do trabalho do OLAF e das instituições da UE", vinca a instituição.

Relativamente à pandemia, o OLAF adianta que "os autores de fraudes continuaram a tentar tirar partido da covid-19" já que, "quando todos os olhos estavam concentrados no lançamento da vacina, [...] surgiram ofertas falsas de vacinas no valor de mais de 16 mil milhões de euros".

O organismo diz ainda ter, em 2021, investigado casos de má conduta e incumprimento das regras por membros e pessoal das instituições, órgãos, gabinetes e agências da UE, "contribuindo desta forma para promover os mais elevados padrões de serviço público" nas instituições europeias.

O OLAF investiga os casos de fraude que lesam o orçamento da UE, a corrupção e as faltas graves nas instituições europeias, contribuindo para o desenvolvimento da política antifraude.

Criado em 1999, faz parte da Comissão Europeia, mas funciona de forma independente.

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