No mundo contemporâneo, marcado pelas rotinas agitadas e pelos
compromissos urgentes, pensar em tempo significa muito mais lidar com a
sua escassez do que com a sua abundância. Se tomado como um tipo de
recurso, o tempo é caro e finito; se concebido como uma espécie de
direito, o tempo é componente do próprio direito à vida, já que é nele
que concretizamos a nossa cada vez mais atarefada existência. Se é
questão de direito, o tempo também é questão de justiça.
O tempo é precificado – integra a remuneração da jornada de trabalho, o pagamento do período de aula – e é benefício – o tempo de férias, o tempo livre com a família. Exatamente por ser limitado e valioso, uma das principais frustações cotidianas é a perda de tempo.
No
Brasil, um tipo específico de ser humano, conhecido como consumidor, tem
sido constantemente alvo dessa subtração de tempo, especialmente em
razão das longas jornadas a que costuma ser submetido ao se deparar com
defeito em um produto ou serviço. Embora o Código de Defesa do
Consumidor (CDC) tenha estabelecido mecanismos em favor daqueles que são
prejudicados por falhas dos fornecedores, ainda são corriqueiros os
relatos de intermináveis ligações para resolver um problema com uma
empresa, ou de demoras injustificáveis para atendimento em uma agência
bancária. Ler mais
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