terça-feira, 23 de agosto de 2022

Confiança dos consumidores europeus recupera em agosto após ‘pico’ negativo

A confiança dos consumidores europeus recuperou em agosto, tanto na zona euro como no conjunto da União Europeia (UE), depois de ter atingido no mês anterior o nível mais baixo de sempre, segundo estimativas hoje divulgadas pela Comissão Europeia.

De acordo com a estimativa provisória da Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN) da Comissão Europeia, em agosto a confiança dos consumidores recuperou 2,1 pontos no espaço da moeda única e 1,0 ponto na UE, depois de em julho ter recuado 3,2 e 3,0 pontos, respetivamente, atingindo o nível mais baixo de que há registo.

Apesar da recuperação registada em agosto, a confiança dos consumidores, que se fixa agora nos -26,0 pontos na UE e nos -24,9 pontos na zona euro, permanece abaixo do anterior mínimo histórico, registado no início da pandemia da covid-19, na primavera de 2020, nota a DG ECFIN.

Os dados, recolhidos em inquéritos realizados entre 01 e 22 de agosto no espaço comunitário, são divulgados numa altura em que se assinalam, na quarta-feira, seis meses desde o início do conflito armado na Ucrânia devido à invasão russa do país, a 24 de fevereiro passado.

A estimativa deste mês para o agregado da UE é calculada com base nos dados dos inquéritos aos consumidores de 25 países da UE (não há dados para Grécia e Roménia), cobrindo 96% do total da despesa de consumo final privado, enquanto para o indicador da zona euro estão abrangidos 18 Estados-membros (faltando apenas a Grécia).

O indicador de confiança dos consumidores, publicado todos os meses pela DG ECFIN, baseia-se em respostas a perguntas selecionadas dirigidas aos consumidores.

 

Se quer poupar na conta da eletricidade mude de operador

 


Analisámos todas as propostas do mercado: provavelmente está a pagar mais do que devia pela eletricidade em sua casa. Mudar de comercializador pode valer-lhe uma poupança de quase mil euros por ano.

O ano tem sido marcado por uma subida considerável do custo da eletricidade no mercado grossista de eletricidade ibérico (Mibel). A 8 de março chegou inclusive a ultrapassar os 570 euros por megawatt-hora (€/MWh), cinco vezes mais do que o preço médio registado em 2021. Desde então, o preço tem corrigido, mantendo-se atualmente perto da barreira dos 150 €/MWh.

A escalada de preços que se tem sentido no Mibel, particularmente desde maio de 2021, é apontada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e pelos comercializadores de eletricidade como a razão para a atualização das tarifas de energia, que se tem repercutido numa conta da luz mais elevada no orçamento das famílias e das empresas. Ler mais

Economia Produtores de vinho perdem o sono com situação “dramática” do setor

 

A seca e a subida dos custos das matérias-primas está a preocupar seriamente os produtores vinícolas portugueses, que evitam ao máximo o aumento dos preços.

O setor vinícola atravessa uma situação “dramática” que está a roubar o sono a muitos produtores. Quebras na apanha da uva na ordem dos 50%; vindimas que começam mais cedo ou são adiadas por causa da seca; e aumento do custo das matérias-primas na ordem dos 30% são alguns dos problemas que assolam a indústria.

De acordo com o ECO, muitos produtores tiveram de encontrar outras alternativas para conseguir ter uvas suficientes para produzir vinho e cumprir os prazos de entrega das mercadorias. Ler mais

INEM bate picos históricos de casos no Algarve. Enfermeiros fazem milhares de horas extras

 Até a esta altura de agosto, o INEM do Algarve está a dar entre 300 a 350 respostas a casos por dia, quando o máximo de outros anos era de 285. As horas extras e as demissões aumentam, com os sindicatos a indicarem que a situação deste ano “está pior do que nos anteriores”.

“A rotatividade é cada vez maior. Há colegas que são contratados, fazem um turno e vão-se embora, outros têm de fazer dois turnos seguidos vários dias e sem folgas e outros ainda, até com mais experiência, estão a abandonar a profissão. 

Dizem não aguentar mais”, contou ao Diário de Notícias Nuno Manjua, dirigente regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP). Ler mais

Eletricidade fica 35% mais cara. Nem o teto ao gás salvou aumento

 


Mesmo com o mecanismo que trava o custo do gás natural usado para produzir energia elétrica, o preço da eletricidade em Portugal e Espanha aumentou hoje.

A eletricidade em Portugal e Espanha aumentou 35% esta terça-feira, atingindo um preço médio de 365,33 euros por megawatt-hora. Este é o valor mais alto desde 10 de março e o sexto mais caro de sempre, escreve o Jornal de Negócios.

O anúncio da Gazprom que o abastecimento pelo gasoduto Nord Stream 1 iria parar nos próximos dias para “manutenção” despoletou esta subida dos preços. Ler mais

Portugal e Espanha. UE destina 320 milhões a cooperação transfronteiriça

 

A Comissão Europeia aprovou hoje a atribuição de 320 milhões de euros para a cooperação transfronteiriça entre Portugal e Espanha, naquele que é o maior programa do género da União Europeia para o período 2021-2027.

Em comunicado, o executivo comunitário aponta que o programa, denominado «Interreg Espanha-Portugal» («POCTEP»), "irá criar empregos, estimular a transição climática e energética e proporcionar melhores cuidados de saúde para as pessoas que vivem nestas regiões" transfronteiriças.

Segundo a Comissão Europeia, "o programa apoiará a cooperação transfronteiriça através de redes entre pequenas e médias empresas para melhorar a investigação e a transferência de conhecimentos", "financiará projetos para melhorar a eficiência energética dos edifícios públicos" e "irá também apoiar o turismo sustentável, a preservação do património cultural, melhores infraestruturas de saúde e formação profissional para as pessoas que vivem na região transfronteiriça".

"Estou satisfeita por ver que o maior programa de cooperação transfronteiriça da Europa foi aprovado. Muitos dos desafios que as regiões da Europa enfrentam atualmente só podem ser enfrentados através de uma maior cooperação regional", comentou a comissária europeia com a pasta da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, segundo a qual "o programa POCTEP explora todo o potencial de cooperação entre as regiões fronteiriças de Espanha e Portugal".

A cooperação territorial europeia, um dos grandes objetivos da política de coesão, proporciona um quadro para que os atores nacionais, regionais e locais de diferentes Estados-membros realizem ações conjuntas e troquem pontos de vista sobre medidas, sendo o objetivo central desta cooperação territorial europeia "a promoção de um desenvolvimento económico, social e territorial harmonioso em toda a União", segundo Bruxelas.

 

TAP espera receber restantes 990 milhões de ajuda no final do ano

 
A TAP espera receber a última tranche de 990 milhões de euros de ajuda estatal no final do ano e está a preparar uma ida aos mercados para refinanciar dívida privada em 2023, disse, esta terça-feira, a gestão, em conferência de imprensa.

Em conferência de imprensa sobre os resultados do primeiro semestre, o administrador financeiro da TAP, Gonçalo Pires, explicou que não é necessário ir ao mercado refinanciar dívida este ano, uma operação que estava prevista para final de 2021 ou início deste ano, devido ao aumento de capital realizado no final do ano passado.

"Durante o ano de 2023 faremos provavelmente uma operação de mercado de financiamento em linha com os compromissos inscritos no plano", avançou Gonçalo Pires, referindo que este refinanciamento vai ser preparado no último trimestre do ano, podendo acontecer na primeira metade de 2023.

Em causa está o refinanciamento de dívida privada da companhia que vence em 2023 e 2024, no total de 700 milhões de euros.

Para este ano, está prevista a chegada da última tranche da ajuda pública à TAP, no valor de 990 milhões de euros, sob a forma de um aumento de capital, tal como aconteceu em 2021.

Os prejuízos da TAP S.A. diminuíram no primeiro semestre deste ano para 202,1 milhões de euros, face ao valor negativo de 493,1 milhões de euros obtido em igual período do ano passado, enquanto no segundo trimestre a companhia aérea registou uma redução de 37,2% nos prejuízos, para um resultado negativo de 80,4 milhões de euros, face aos 128,1 milhões obtidos em igual período do ano anterior.

Segundo o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, o plano de reestruturação da TAP prevê um prejuízo de 54 milhões de euros este ano e atingir lucro em 2025.

 

Jornal As Beiras - 26-12-2025