As empresas do ramo da tecnologia, as chamadas big techs, são detentoras do monopólio das plataformas digitais voltadas para as interações pessoais, como por exemplo, as redes sociais (Facebook, Instagram, X) e o WhatsApp. O usuário (consumidor), para poder ter acesso a tais plataformas, deve previamente aceitar os termos e condições de privacidade que lhe são impostos (os cookies), em cumprimento às normativas vigentes. Essa fórmula é conhecida de todos. Mas com relação a ela, queremos refletir sobre a seguinte questão: o atual modelo referente aos termos e condições de privacidade como requisito para o tratamento dos dados pessoais a quem beneficia? Esse modelo reduz ou acentua a vulnerabilidade algorítmica do consumidor que atua no mundo digital [1]?
Aceitar os cookies com um simples clique sem sequer ler os termos e condições já é parte do nosso cotidiano. Os mais distintos motivos, entre os quais “a falta de tempo”, “a falta de interesse”, “a dificuldade na compreensão”, revelam que a grande maioria dos usuários das plataformas digitais não lê as condições contratuais com as quais consentiu. O consentimento prestado desta forma, seria, portanto, válido? Estamos, sem lugar a dúvidas, diante de uma verdadeira “crise do consentimento”. Ler mais

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