1975 foi o ano em que morreram mais pessoas nas estradas portuguesas. De lá para cá muita coisa mudou. Agora, os radares estão espalhados pelo país, uns para prevenir acidentes, outros para encher os cofres do Estado.
A segurança rodoviária é uma preocupação de
qualquer governo, ou autarquia, que se preze e nos últimos 30 anos muito
mudou nas estradas portuguesas. Segundo os dados da Pordata, o ano mais
trágico nas estradas portuguesas foi 1975, quando terão morrido mais de
2600 pessoas. A fasquia de menos dois mil mortos por ano só seria
alcançada em 1984, mas os números voltaram a subir no ano seguinte,
sendo preciso esperara por 1997 para as vítimas mortais baixarem para
menos de duas mil. A partir daí, foi sempre a descer, embora os dados da
Pordata não ‘casem’, em alguns casos, com os da Autoridade Nacional de
Segurança Rodoviária (ANSR). Enquanto a Pordata anuncia que morreram 390
pessoas em 2020 e 2021, a ANSR contabilizou 536 e 561, respetivamente.
Mas a razão pode ser simples: a Pordata só deve contabilizar o número de
mortes até às 24 horas seguintes ao acidente, enquanto a ANSR, à
semelhança das suas congéneres, faz a contabilidade 30 dias depois, já
que há muitos feridos graves acabam por morrer nos hospitais. Ler mais
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