O presidente emérito da apDC, Mário Frota, intervém hoje, segunda-feira, 24 de Outubro corrente, no debate sobre a publicidade infanto-juvenil que, sob os auspícios da unidade curricular de estágios, dirigida pela Prof.ª Helena Damião, se leva a cabo na Faculdade de Psicologia e das Ciências da Educação.
Houve um equívoco na marcação da data, que se supunha aprazada para sexta-feira última, mas que, afinal, se achava definida para hoje, segunda-feira. O que deverá ser tido, pois, em devida conta.
A razão determinante da iniciativa é a que decorre da presença de empresas que de forma interessada intervêm na modelação dos módulos de Educação para a Cidadania, algo de aberrante que há que combater veementemente. Aliás, dada a forma como no mercado tais empresas agem, o que é fonte das maiores dúvidas e dos mais fundados receios. Já que não vestirão decerto a pele de cordeiro em ambiente escolar quando a agressividade das suas campanhas de comunicação comercial é patente em todos os círculos.
E de nada vale invocar a responsabilidade social na hipocrisia reinante…
Com efeito, quer o programa de anunciantes (Media Smart) em que se pretendia levar às escolas acções de literacia para a publicidade como estas que decorrem da intervenção das empresas em meio escolar que difundem de forma reflexa as respectivas marcas e se expõem a apresentar publicidade indirecta, com vantagens próprias e manifestas desvantagens para os destinatários das acções, deveriam merecer cuidados outros ao Ministério da Educação que não pode consentir que autênticos “cavalos de Tróia” penetrem nas escolas quando a lei é expressa em vedar a publicidade em ambiente escolar.
O Estado demite-se do que lhe compete no domínio da educação e formação para o consumo em que tais aspectos se inserem e concede, de forma invasiva, que os protagonistas no mercado se apresentem a substituir-se-lhe, como se se cometesse a “guarda da capoeira à raposa”!
Apetece, com efeito, dizer: haja modos, Senhores, haja modos, e deixem-se de hipocrisias!
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