quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Da emergência da pandemia para a crise da energia e da inflação

 
Von der Leyen deve anunciar medidas urgentes que passam pela criação de uma taxa sobre os lucros das empresas energéticas e um corte obrigatório no consumo.

Energia, inflação, guerra. Depois de dois discursos dominados pela pandemia da covid-19, a presidente da Comissão Europeia vai esta quarta-feira dirigir-se aos eurodeputados, e aos europeus em geral, com as populações preocupadas, já não por uma doença infecciosa e mortal, em 2020, ou sobre a distribuição das vacinas e a recuperação económica, em 2021, mas sobre as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia. Face a tudo isto, as empresas de energia irão ter de partilhar parte dos seus lucros, com uma "contribuição solidária".

Em relação aos preços da energia, Ursula von der Leyen reconhece que a Comissão Europeia tem de atuar de forma "rápida e coordenada". Num texto que a Bloomberg News revelou na segunda-feira, o retrato é o de que "o aumento dramático dos preços da eletricidade que se observa está a pressionar as famílias, as pequenas e médias empresas e a indústria, e corre o risco de causar danos sociais e económicos mais vastos", pelo que a dirigente alemã terá apresentado esta terça-feira um plano ao colégio de comissários, o qual será revelado no discurso. (...)

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