A APB diz que devem ser evitadas "soluções
imaginadas para situações transitórias", uma vez que "acabarão por se
tornar contraproducentes".
A Associação Portuguesa de Bancos (APB) pediu, na terça-feira, "prudência nas reações", sublinhando que as taxas de juro estão a regressar à normalidade. Esta reação surge depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter admitido que "é provável" que venha a haver apoios para ajudar as famílias que têm créditos à habitação.
"Relativamente às taxas de juro, importa ter presente que as subidas a que se tem vindo a assistir continuam a situá-las num quadro de normalidade histórica e que os valores negativos ou extremamente baixos dos últimos anos é que se desviaram desse padrão", referiu a entidade liderada pelo economista Vítor Bento, em comunicado.
A APB acrescenta ainda que "nos últimos 62 anos a média mensal do equivalente à Euribor a três meses se situou acima dos 2% em quase 80% dos meses (os 20% abaixo são os valores mais recentes) e que em mais de metade desse período o seu valor esteve acima de 4%".
Deste modo, a APB diz que devem ser evitadas "soluções imaginadas para situações transitórias", uma vez que "acabarão por se tornar contraproducentes".
Voltando às declarações do primeiro-ministro, vale sublinhar que Costa referiu ser necessário aguardar para ver se "as partes encontram soluções", que podem passar por moratórias, renegociação de créditos ou até voltar a permitir a dedução em sede de IRS.
O chefe do Governo anunciou ainda que, depois de o Executivo ter aprovado "um pacote muito forte de apoio às famílias", irá anunciar na quinta-feira, dia 15 de setembro, medidas para as empresas, que não quis antecipar.
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