sábado, 10 de setembro de 2022

A história do esperto e do burro

 

Se existem mais eleitores com contratos de energia no mercado liberalizado e mais eleitores com contratos de crédito à habitação com taxa variável, então serão esses que o governo irá proteger.

Há uns bons anos, os irmãos Francisco e António herdaram cada um 200.000 euros de um avô que, à custa de uma vida modesta, tinha esse montante em poupança no fim da vida. Ambos os irmãos mantiveram o dinheiro herdado em contas poupança, no mesmo banco onde o avô finado já tinha tal depósito.

A dado passo o Francisco entendeu que podia obter melhor rendimento com esse dinheiro que o juro com que esse banco lhe remunerava a poupança, constituída como depósito a prazo sem risco. Vai daí, decidiu levantar todo o montante e adquirir um “papel comercial” da Rioforte, uma empresa do grupo BES, tendo até feito gáudio desse excelente investimento nas câmaras de televisão. Fez as contas e conscientemente trocou um investimento seguro por uma aplicação de risco, muito melhor remunerada. Não se tratava de um reformado enganado pelo seu gerente da agência e que julgava estar a comprar “papel” do BES. Era um investidor consciente e informado. O irmão António, não tendo o predicado da ganância, manteve a aplicação financeira, menos remunerada, mas segura. Ler mais

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