sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Brinde ao futuro… com um Natal seguro!

 


Brinquedo, o simples brinquedo

Que é Penhor de SEGURANÇA

Não pode rimar com Medo

Há que rimar com  CRIANÇA!

 

segurança é direito fundamental dos cidadãos: mora em permanência no espírito e no coração, inscreve-se na letra da Constituição.

A segurança é declarado objectivo do mercado de consumo, privilegiado espaço onde riscos e perigos espreitam a cada passo, que há que frear a todo o transe.

Dos presentes, outrora na órbita sacrossanta do Deus-Menino e hoje às mãos do profano Pai-Natal, às iguarias que “povoam”, a seu modo e com as diferenças que naturalmente se reconhecem, as mesas das distintas casas portuguesas e dos que se acolhem sob os nossos sóis… a segurança tem de se afirmar sem rebuços!

A segurança que se reclama quando em circulação por entre vias de distinto perfil, das estradas rurais às auto-estradas, quaisquer que sejam!

Os brinquedos que figuram naturalmente na extensa lista de preocupações que emergem neste passo.

É que há brinquedos menos inocentes que as crianças, como outrora dolorosamente se reconhecia:

Há brinquedos que ferem, há brinquedos que matam!

Não nos iludamos. Não há na asserção qualquer ponta de excesso, de descomedimento, de exagero!

Exemplos não faltam para ilustrar tão cruente realidade…

Donde, os peculiares cuidados de que há que rodear as escolhas ante a reconhecida hipervulnerabilidade das crianças. Para que se não avolume o rol de mais de 60 000 vítimas de brinquedos inseguros que constituem negra realidade, calculadamente ponderada, no espaço geográfico da União Europeia.

Brinquedos seguros, eis o apelo, que obedeçam aos requisitos das normas a tal propósito estatuídas, que garantam as crianças contra indesejáveis sinistros de nefastas repercussões.

Há anos, a MATTEL, principal fabricante de brinquedos no globo, teve de recolher do mercado cerca de 22 milhões de artigos porque desprovidos dos requisitos essenciais de segurança: oriundos, na generalidade, da China, onde tais requisitos se desfeiteiam... quantas vezes com o fechar de olhos da União Europeia, valha a verdade!

União Europeia reforçou, porém, as normas de segurança.

No entanto, todo o cuidado é pouco: a mera aposição do logo CE pode nada querer significar. Pode não representar, como seria curial, segurança ante as fraudes que amiúde se registam e desmesuradamente se ampliam…

Dos sinistros registos no sistema de alerta RAPEX, na União, de acordo com a Nova Agenda Europeia do Consumidor (2021/2025), mais de 33% atingem  crianças na esfera própria das fragilidades, das debilidades, das hipervulnerabilidades que se lhes reconhecem.

“O Diabo deu um tiro com a tranca de uma porta”, diz o povo e com razão!

Peculiares cautelas há que observar para que se não haja de chorar as perdas causadas por incúria, trate-se de importador, de distribuidor, de retalhista (do varejista, como se diz no Brasil) ou do próprio consumidor.

Para que se não observe o tão estafado:

depois de casa arrombada, trancas à porta”!

Cuidados reforçados nos brinquedos para crianças até aos 3 anos de idade: as peças decomponíveis, porque minúsculas, podem afectar seriamente crianças cujo poder de autodefesa é nulo; desde que caibam no diâmetro de uma moeda ligeiramente superior à de 2 € (1 R$ no Brasil) são em absoluto de rejeitar…

Ademais, deve haver advertências específicas nesse peculiar domínio.

As famílias não se podem de todo permitir encarar de modo leviano, breve, ligeiro, estas coisas.

As autoridades não podem, de análogo modo, descartar a vigilância que mister será exercer sobre o mercado. A Autoridade de Segurança Económica tem de permanecer particularmente desperta para o fenómeno, como lhe compete, aliás.

A França já proibiu, em anos recuados, os brinquedos, tão frequentes no mercado, que de algum modo evoquem armas de fogo, que as imitem ou tenham um qualquer potencial, não só em termos simbólicos como pela perigosidade que tantas vezes tais brinquedos em si mesmos encerram.

Os brinquedos de outrora, por mais toscos, mais rústicos, que se apresentassem, não comportavam, é facto, riscos de maior. Algo que hoje não sucede. Com arestas salientes, cortantes, com tintagens tóxicas, com superfícies que se partem e deixam a nu pontas salientes, de tudo um pouco, neste mercado multitudinário, em que a segurança tem, sob múltiplas formas, de se reforçar. De se reforçar, sublinhe-se!

Segurança nas iguarias das Festividades, segurança portas adentro para evitar os acidentes domésticos, segurança nas vias, segurança na circulação para que o negro das faixas de rodagem se não mescle do sangue inocente de tantos… como vem assustadoramente acontecendo ao longo do ano que transcorre. Houve um agravamento da sinistralidade rodoviária, que há que frear, que há que sustar!

Que a segurança se afirme em todas as suas vertentes. E as crianças ocupem a o lugar cimeiro de entre as preocupações expressas!

Sem ignorar neste falaciosa “sociedade da abundância”, os que nada têm: nem tecto, nem agasalho, nem o sabor das iguarias… para além do solidário bacalhau da Consoada que almas caridosas ainda se aprestam a servir-lhes!

É que…

 

CRIANÇA evoca sempre Esperança

Em rasgo de promissor futuro

Que há que  fundar em SEGURANÇA

Num espaço nem sempre seguro!

 

Neste Natal, pelo NATAL…

 

Oferte um naco de TEMPERANÇA!

Seja um fiel actor de mudança!

E haja como escopo essencial

O de uma reforçada SEGURANÇA!

 

Mário Frota

presidente emérito da apDC – DIREITO DO CONSUMO – Coimbra

 

P.S. Estes textos repetem-se ano a ano, com escassas variantes, na esperança de que algo mude… que não para pior!

 

Como as crianças hackearam a COP28

 


Foi isso que a Laila, uma menina de Barbados, nos disse quando perguntamos se os adultos estavam fazendo o suficiente com relação à emergência climática.

Além dela, conversamos com mais 25 crianças e adolescentes, de 12 países. Nosso objetivo era superar uma barreira aparentemente intransponível: a de fazer com que as crianças sejam ouvidas pelos líderes que participam da COP28.

Em um esquema quase de guerrilha, conseguimos levar as vozes dessas meninas e meninos para a abertura da COP28 e para dentro das salas de negociação em Dubai, exibindo os vídeos que realizamos em conjunto com o Unicef -- e com o apoio indispensável da Fundação Van Leer e da agência Fbiz.  Ler mais

Imprensa Escrita - 15-12-2023





 

Aliciantes, aliciantes... nem sempre reconfortantes


 

Promotor de Justiça de Uberlândia participa de lançamento de cartilha sobre educação financeira

 
O Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon) e o Senado Federal lançaram hoje, 14 de dezembro, a cartilha "Educação financeira para brasileiros: informação e segurança ao consumidor".

O presidente do Brasilcon, promotor de Justiça de Defesa do Consumidor em Uberlândia, Fernando Martins, esteve presente no lançamento da cartilha, que será distribuída para os Procons.

Segundo Fernando Martins, o material sobre educação financeira e proteção ao consumidor leva em consideração aspectos como juros, pobreza e Índice de Desenvolvimento Humano. "Agradecemos o interesse e produção da cartilha pelo Senado Federal, pelos parlamentares Rodrigo Pacheco e Rodrigo Cunha", disse o promotor de Justiça.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

DECÁLOGO DO BRINQUEDO SEGURO


OS DEZ MANDAMENTOS 

 

cuja observância se impõe a quantos operam na cadeia da produção ao consumo.

 

 “Grande é a alegria, a bondade e as danças,

Mas o melhor do mundo são as crianças…”

 

Fernando Pessoa

 

 Criança

Ponto é que rime com segurança

 

BRINQUEDO 

com… produto seguro

Como iniludível símbolo de FUTURO…

 

Como nos anos pretéritos,

cumpre formular, na circunstância,

em homenagem à segurança das crianças

(que tantos as elegem como "o melhor do mundo"!),

uma mancheia de princípios, de forma breve mas impactante e de molde a incutir em todos e em cada um a necessidade de rigor na selecção e na aquisição de brinquedos e jogos.

Porque há brinquedos que matam…

Porque “o Diabo deu um tiro com a tranca de uma porta”!

Porque há, como se dizia outrora, numa interessante e oportuna campanha da Comunidade Europeia ("o tempora, o mores"!), "brinquedos menos inocentes que as crianças"!

Milhões (milhões!, mais de 22 milhões…) de brinquedos provenientes do Sudeste asiático foram, há não muitos anos, retirados do mercado porque inseguros, susceptíveis de causar graves danos às crianças.

A Mattel viu-se envolvida em tal escândalo de consequências inenarráveis!

Dentre tais brinquedos contavam-se a "Barbie", o "Batman" e alguns bonecos da Rua Sésamo.

Daí que nos tenhamos de rodear de cautelas sem par.

Precaução e prevenção – princípios nucleares a eleger como dominantes neste segmento.

Eis o DECÁLOGO DO BRINQUEDO SEGURO

Dirigido aos que no mercado de consumo importam brinquedos e promovem a sua oferta à massa anónima de consumidores, assistida de uma comunicação intensa, persuasiva, insinuante.

Nele se resumem, afinal, as regras constantes da Directiva Europeia da Segurança dos Brinquedos com tradução nos normativos nacionais:

 “1.º Não enredarás crianças e jovens em PUBLICIDADE que explore a sua vulnerabilidade psicológica com o fito de lhes impingir brinquedos nem as exortarás a que comprem ou exijam aos adultos que lhos comprem 

 2.º Preservarás SAÚDE E SEGURANÇA DE CRIANÇAS E JOVENS, prevenindo riscos e perigos causados pelos brinquedos 

 3.º Cuidarás em particular de CRIANÇAS até aos 36 MESES face à peculiar condição e à hipervulnerabilidade da primeira infância

 4.º Acautelarás os riscos inerentes às PROPRIEDADES FÍSICAS e MECÂNICAS dos brinquedos, tal como as normas harmonizadas o impõem

 5.º Terás em conta as regras sobre INFLAMABILIDADE dos brinquedos para evitar que crianças e jovens se queimem quando inocentemente pegarem num desses objectos para brincar

 6.º Observarás com rigor as exigências técnicas quanto às PROPRIEDADES QUÍMICAS que os brinquedos incorporem, evitando riscos e perigos desnecessários

 7.º Cumprirás escrupulosamente as prescrições acerca das PROPRIEDADES ELÉCTRICAS para evitar descargas lesivas da integridade física de crianças e jovens

 8.º Excluirás a RADIOACTIVIDADE dos brinquedos, impondo aos fabricantes a observância de todas as regras a tal propósito prescritas

 9.º Só neles aporás a declaração de conformidade CE, se em rigor tudo, absolutamente tudo, estiver em consonância com as exigentes normas em vigor

 10.º Farás acompanhar os brinquedos de MANUAIS de INSTRUÇÃO inteligíveis, em linguagem simples, acessível e compreensível a todos os públicos.”

 

A Quadra cujos contornos ora se esboçam força é vivê-la de modo redobrado em segurança:

. Segurança nas estradas

. Segurança nas iguarias de Natal e Ano Novo (nos géneros alimentícios em geral, como no tradicional Bolo-Rei)

. Segurança nas decorações alusivas à Quadra

. Segurança portas-adentro, no conforto do lar para os que dele possam fruir

. Segurança nos gestos, na atitude, perante as circunstâncias!

. Segurança, em suma, nos brinquedos.

 

Para que BRINQUEDO não rime com medo.

E teime (e persista) em rimar com folguedo…

Nesta Quadra, que é deslumbramento para a CRIANÇA

Ponto é se  ofereça de todo segurança.

 

Segurança - um dos pilares da sociedade.

Segurança - um dos esteios da cidadania.

Segurança - pressuposto de cultura cívica.

A segurança começa em nós e nas exigências que nos propomos fazer-nos.

A segurança é o expoente da nossa condição cidadã, mormente em período em que a incerteza e a insegurança veiculadas pelos conflitos localizados que nos batem à porta reclamam um atitude distinta perante tal fenómeno.

Esse o voto que o presidente emérito da apDC – sociedade científica de DIREITO DO CONSUMO -

formula à comunidade envolvente,

num tocante amplexo de solidariedade,

numa Quadra marcada pela magreza das coisas e pela opulência dos preços; por manifesta ausência de uma política no quadro da ficção em que o Governo persiste em laborar de que o mercado funciona regularmente como se a guerra que atinge a Europa e outras paragens do Globo não houvesse concorrido para a espiral de preços dos combustíveis, para a penúria energética, para a escassez de determinados géneros e pelos preços ascensionais que conhecem e pela perturbante inflação que pouco fará, no situação actual, estancar, na usura dos salários e das pensões e no progressivo empobrecimento das classes médias e do enriquecimento proporcional das insígnias que no mercado operam, indiferentes à crise.

Que sobre a escassez de tantos se não construam mais ficções ainda, como se se pudesse fechar aos olhos à situação por que passam homens, mulheres e crianças de todas as condições neste Portugal que “arrota” abundâncias, acocorado nos dinheiros de Bruxelas que, quantas vezes, vão parar a mãos perdulárias e com aplicações de todo menos recomendáveis…

Um Natal de confraternidade, um Novo Ano com a esperança de que os mais dinâmicos de entre nós reforcem os seus ímpetos para que a enxurrada da bancarrota de novo nos não submerja e os horizontes se não povoem de densas nuvens!

 

Mário Frota

presidente emérito da apDC – DIREITO DO CONSUMO - Portugal

Fidelização "anormal" có como "coisa" excepcional


 

Jornal As Beiras - 26-12-2025