Uma justíssima homenagem ao professor Mário Frota
O presidente emérito e fundador da Associação Portuguesa de Direito do Consumo (apDC), Mário Frota, foi homenageado hoje, em Coimbra, pela Frente Cívica.
O presidente desta organização, Paulo de Morais, entregou o diploma de membro honorário ao também professor universitário, durante um almoço em que participaram muitos dos seus amigos e admiradores.
Foi o meu caso, que conheci Mário Frota nos fins da década de 1980, em Coimbra, quando nasceu a apDC, em resultado de um processo em que também esteve envolvido o meu conterrâneo António Neves Ribeiro, da Lousã, mais tarde vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
Oriundo de Vilarinho, o juiz conselheiro, já falecido, tinha estado em 1967 na criação do jornal Trevim, do qual eu vim a ser diretor durante 12 anos.
Na sessão, no restaurante Nacional, na Baixa de Coimbra, Paulo de Morais enalteceu Mário Ângelo Leitão Frota, de 83 anos, como "pessoa séria e bem humorada que todos gostaríamos de ser".
Quando o fundador da apDC fez 80 anos, em 21 de agosto de 2021, tive a honra de evocar aqui "o corajoso professor universitário que há décadas desbrava caminho, aponta novos rumos, derruba escolhos e arranca ervas ruins no território do Direito do Consumo, onde muitas vezes impera uma obscena lei da selva contra os fracos".
“Mário Frota, ao longo das últimas décadas, envolveu-se em inúmeras lutas, justas lutas, engajou-se às causas mais difíceis. Nunca deixou de defender os mais desprotegidos, lutou sempre do lado certo da barricada”, de acordo com a deliberação aprovada em outubro, por unanimidade, pelo conselho de direção da Frente Cívica, para reconhecer o “intenso e meritório trabalho cívico” do seu membro fundador, tanto em Portugal, como no Brasil e noutros países.
Num discurso carregado de emoção e bom humor, Mário Frota recordou o tempo em que os órgãos da comunicação social davam mais atenção à sua atividade académica e cívica.
No almoço, tive a felicidade de reencontrar o antigo técnico da RDP-Centro Horácio Trindade, já reformado, que eu já não via há longos anos e que, por acaso, estava sentado à minha frente, o que permitiu uma agradável conversa.
De igual modo, foi com grande alegria que vi entrar na sala o camarada Saraiva Coutinho, ex-jornalista da rádio pública em Coimbra, com quem também não me cruzava há muito tempo.
Foi outro reencontro afetuoso, de mútuo respeito e estima pessoal.
Um renovado abraço de parabéns ao professor Mário Frota!
Casimiro Simões
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