terça-feira, 9 de maio de 2023

Afinal, o que aconteceu aos preços dos combustíveis? Veja aqui os valores

 
Gasóleo e gasolina ficaram mais baratos esta semana. 

A semana começou com boas notícias para os condutores em território nacional, já que os preços dos combustíveis baixaram, tanto no caso do gasóleo como no da gasolina. Afinal, o que aconteceu? As variações foram mesmo as esperadas? 

O preço médio do gasóleo simples baixou de 1,442 €/litro para 1,405 €/litro, de acordo com dados divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Trata-se de uma redução de 3,7 cêntimos

Já a gasolina simples 95 desceu de 1,650 €/litro para 1,613 €/litro, menos 3,7 cêntimos também.  Ler mais

 

Warren Buffett compara IA à bomba atómica

 O empresário não está certo que, a longo-prazo, seja algo bom.

O CEO da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, comparou o aparecimento da Inteligência Artificial (IA) à criação da bomba atómica, indicando não estar certo de que seja algo propriamente bom para a humanidade.

“Inventámos a bomba atómica por uma razão muito, muito boa. E, para a Segunda Guerra Mundial, foi muito bom que o fizéssemos. Mas será que foi bom para os 200 anos seguintes ter essa capacidade?”, questionou-se Buffett durante o encontro anual da Berkshire Hathaway.

“Com a IA podemos mudar tudo no mundo, com exceção à forma como pensamos e nos comportamos e é um grande passo a tomar”, notou o empresário de acordo com o Business Insider.

 

Direto ao Consumo - Rádio Valor Local

 

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segunda-feira, 8 de maio de 2023

ACÇÃO COLECTIVA EUROPEIA: “AI DEUS, E U É”?


Portugal não transpôs, até 25 de Dezembro p.º p.º, a directiva que de novo regra a acção colectiva europeia: as anteriores restringiam-se ao escopo inibitório (pela acção, fazer cessar ou proibir prática lesiva dos direitos do consumidor); a actual estende o seu alcance à indemnização dos prejuízos de que padece, por regra, uma mole imensa de consumidores.

A Directiva concedera um período de ‘digestão’ de 6 meses (da sua publicação ao começo de vigência: 23 de Junho de 23) para assimilação do seu conteúdo.

Portugal, uma vez mais, borregou: não transpôs a directiva e, não tarda, estamos… em Junho!

As regras nela plasmadas nem sempre se têm por mais progressivas que as que vigoram internamente.

Mas há aspectos, como os do financiamento das acções (o necessário suporte económico para o seu desencadeamento, indispensável, quantas vezes!) que entre nós jamais se legislaram e parece haver que considerar ante os denominados “fundos-abutre”, como o denuncia a ProPública – Direito e Cidadania, fundada por Agostinho Miranda.

Eis o que regista em comunicado recente:

“A PP manifesta a sua  estranheza e perplexidade perante a continuação da situação criada por supostas associações de consumidores, constituídas à pressa com o propósito de intentar acções milionárias, ditas populares mas financiadas por fundos internacionais vulgarmente conhecidos por “fundos- abutre”.

A fusão tóxica dos mecanismos da acção popular com o financiamento por entidades do mundo financeiro representa a instrumentalização daquela via de defesa dos direitos colectivos, favorecendo antes interesses privados de natureza especulativa.

No entender da ProPública, estamos a assistir a um abastardamento da acção popular, um instituto previsto na Constituição da República para a protecção do bem público e a participação dos cidadãos na realização da justiça.

O funcionamento dos tribunais, nomeadamente do Tribunal da Concorrência, é suportado pelo dinheiro dos contribuintes, sendo incompreensível a sua canibalização por parte de fundos financeiros cujo funcionamento não está sequer regulado na lei portuguesa. “

Ora, a Directiva de 25 de Novembro de 2020 estabelece como regras a adoptar nesse particular:

“Os Estados asseguram que, caso uma acção colectiva [reparatória] seja financiada por um terceiro, na medida em que o direito nacional o permita, se evitem conflitos de interesses e que o financiamento por terceiros que tenham um interesse económico na proposição ou no resultado da acção colectiva … não [a] desvie da protecção dos interesses colectivos dos consumidores.

Os Estados asseguram, em particular, que:

§  As decisões tomadas pelas entidades [dotadas de legitimidade] no contexto de uma acção colectiva, incluindo decisões relativas a acordos de indemnização, não sejam indevidamente influenciadas por um terceiro, de uma forma que prejudique os interesses colectivos dos consumidores…;

 

§  A acção colectiva não seja intentada contra um demandado que seja concorrente do financiador ou contra um demandado do qual o financiador dependa.

Os Estados asseguram que os tribunais … tenham, no âmbito de uma acção colectiva [reparatória], poderes para avaliar o cumprimento do [precedentemente] disposto caso surjam dúvidas justificadas a esse respeito. Para o efeito, as entidades dotadas de legitimidade apresentam ao tribunal… uma síntese financeira que enumere as fontes de financiamento utilizadas para apoiar a acção colectiva.

Os Estados asseguram ainda que, para [tal] efeito, os tribunais… tenham poderes para adoptar as medidas adequadas, como exigir à entidade legitimada que recuse ou faça alterações ao financiamento em causa e, se for caso disso, rejeitar a legitimidade [de uma tal] entidade numa determinada acção colectiva. Se a legitimidade [dessa] entidade for rejeitada …, tal rejeição não afecta os direitos dos consumidores [nela] abrangidos.”

Pende ainda no Parlamento Europeu um Documento de 17 de Junho de 2021 que tende a reforçar os limites ao financiamento das acções, quando admitido.

Há que barrar todos os desvios, há que reforçar a legalidade e o estatuto dos consumidores e suas lídimas instituições.

 

Mário Frota

presidente emérito da apDC – DIREITO DO CONSUMO - Portugal

 

As pessoas vão ser sempre mais inteligentes do que a inteligência artificial

 

Os simuladores de conversa (chatbots) com inteligência artificial (IA) não vão poder ser mais inteligentes dos que as pessoas, porque precisam do "entendimento humano", no sentido de que são as pessoas que lhes dizem o que fazer. Quem o diz é um perito da Microsoft, Yusuf Mehdi, expressa em entrevista a uma jornalista da Efe, Sarah Yáñez-Richards.

Este vice-presidente da empresa e diretor de marketing do consumidor da Microsoft respondeu assim aos alarmes acesos por diversos peritos do setor, sobre o avanço rápido da IA e o perigo de poder ficar fora de controlo.

 “O essencial da IA é prever texto. É prever o que vem depois. Mas precisa do entendimento humano. Os humanos são os que se ligam com a IA e lhe dizem o que fazer", avançou. Ler mais

 

Parlamento aprova limite às multas pela falta de pagamento de portagens

 

O novo regime reduz a coima pelo não pagamento das portagens para um valor mínimo "correspondente a cinco vezes o valor da respetiva taxa de portagem, mas nunca inferior a 25 euros" e "de valor máximo correspondente ao dobro do valor mínimo da coima" (ou seja 50 euros)

O limite às contraordenações pelo não pagamento de portagens foi esta sexta-feira aprovado pelo parlamento, determinando as novas regras que infrações praticadas pelo mesmo carro, na mesma estrada e no mesmo mês terão o valor máximo equivalente a uma única contraordenação.

Esta alteração à lei que enquadra o regime sancionatório aplicável às transgressões decorrentes do não pagamento de portagens resulta de um projeto da Iniciativa Liberal, com o texto final hoje aprovado a ter sido alvo de contributos de vários partidos durante o debate na especialidade e algumas propostas hoje avocadas pelo PS para votação em plenário. Ler mais

 

Taxa sobre lucros excessivos quase só vai atingir a Galp

 

A taxa sobre os lucros excessivos aplicável às grandes empresas dos setores da energia e da distribuição alimentar vai incidir, quase na totalidade, sobre a Galp. No setor alimentar, poucas empresas terão que pagar e, mesmo estas, apenas vão ter valores residuais a liquidar, como a Jerónimo Martins, que estima que só terá de desembolsar 700 mil euros.

O JN fez as contas aos lucros tributáveis das grandes empresas e concluiu que os valores serão residuais em ambos os setores, com exceção da Galp, cujo negócio da refinaria de Sines faz com que esta empresa seja, de longe, a que mais será chamada a pagar.

Fonte oficial da Galp disse, ao JN, que foi provisionado "um montante de 53 milhões de euros" para esta taxa na Península Ibérica referente às contas de 2022. Tendo em conta o volume de negócio e as características da taxa em cada país, a Galp deverá pagar mais em Espanha do que em Portugal, pelo que nunca será chamada a saldar um valor acima de 25 milhões de euros ao Fisco português. Esta taxa foi criada no final do ano passado para tributar os lucros inesperados de 2022 e de 2023 que as empresas pudessem ter, "injustificadamente, por via desta crise da inflação", explicou, à data do anúncio, o primeiro-ministro António Costa. O dia 20 de setembro é o prazo limite para o pagamento, mas antes é preciso que as empresas preencham um documento, que constará de uma portaria do Governo que ainda não foi publicada. O JN questionou o Ministério das Finanças, mas não obteve resposta.

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Governo apresenta “primeiro programa de simplificação fiscal”. Das mudanças no IVA e IRS ao IUC, conheça as 30 medidas

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