segunda-feira, 13 de março de 2023

PPR do Estado com perda histórica de 15%, mas ainda garante rentabilidade


 Dívida pública e ações tiraram 5,7 milhões de euros à carteira dos certificados, em 2022. Mas quem se aposentou, tendo descontado desde 2008, teve uma valorização de 25%.

Os certificados de reforma, vulgarmente designados de PPR (Plano Poupança Reforma) do Estado, sofreram, no ano passado, uma quebra histórica na sua rentabilidade, de 15,28%, face a 2021. Ainda assim, e para quem se aposentou em 2022, tendo descontado para o Regime Público de Capitalização desde 2008, ano em que foi criado, a valorização da carteira é de cerca de 25%, segundo cálculos do Dinheiro Vivo com base na evolução do valor unitário dos certificados. Ler mais

CONSUMIDORES DE TERCEIRA


 




 

CONSUMIDORES DE TERCEIRA

 


E com tanta gente branda

Canga ao pescoço e viseira

Submissa à propaganda…

Eis cidadãos de terceira

 

Consumidores  de terceira

Sem intrépida reacção

São de si fraca bandeira

P’rós orgulhos da Nação

 

Em vésperas do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o sentimento que nos invade é de profunda perplexidade e decepção.

Portugal não tem consabidamente uma política de consumidores.

O esquálido e informe programa do Governo é uma autêntica manta de retalhos, sem nexo nem plexo.

O Governo navega mal, com significativos retardamentos e à vista…

Vide o que ocorre com os preços dos produtos alimentares: informação e contra-informação à solta, a perturbar a inteligibilidade da situação, sem cabal solução para os desvarios subsistentes que pesam na bolsa de cada um.

E em que tende a ignorar-se que ‘sem quaisquer freios’ o sistema é o de “concorrência perfeita”: preço é o resultado do livre jogo da oferta e da procura.

Como, de resto, sucedera, em pleno estado de emergência de saúde pública com os produtos de higiene e saúde e os equipamentos de protecção individual: com os oxímetros que custavam 4,50 € a ser oferecidos a mais de 70€…

Só muito mais tarde surgiram medidas de contenção, a sofrear os ímpetos especulativos do mercado.

Em razão de uma tal emergência, ao deflagrar da guerra no Leste Europeu, já a inflação “dava ares da sua graça”…

Uma qualquer política de consumidores exige intervenção tempestiva.

Uma qualquer política de consumidores envolve: formação, informação, protecção.

Pressupostos em termos metodológicos: leis simples, descodificadas, ao alcance de quem quer e estruturas orgânicas que garantam o acesso à informação, à intermediação nos conflitos  e à sua dirimição.

Portugal não cumpre a norma programática da Lei-Quadro de Defesa do Consumidor (art.º 6.º) - da formação e da educação para o consumo:

. Nem inserção nos “curricula” escolares, de modo transversal e coordenado, de temas de educação para o consumo (ensinos básico e secundário);

. Nem Plano Nacional de Formação de Formadores;

. Nem Plano Nacional de Formação de Técnicos Especializados;

. Nem Programa de Acções de Educação Permanente e de Sensibilização para os Consumidores em geral e para os segmentos hipervulneráveis;

. Nem Programas de Carácter Educativo no Serviço Público de Radiodifusão Áudio e Audiovisual;

. Nem o recurso às Redes de Mundiais de Informação.

Portugal não cumpre a norma imperativa da Lei-Quadro (art.º 7.º) – da informação aos consumidores:

. Nem Serviços Municipais do Consumidor;

. Nem Conselhos Municipais de Consumo;

. Nem Bases de Dados e Arquivos Digitais do acervo de consumo, com informação geral e específica, restrita a técnicos como acessível de modo incondicionado aos consumidores;

. Nem brochuras explicativas que descodifiquem os, quantas vezes, ininteligíveis textos com que os poderes vêm brindando os cidadãos;

. Nem Programas de Informação no Serviço Público Áudio e Audiovisual para  promoção dos interesses e direitos do consumidor.

Portugal não cumpre a norma da Lei-Quadro (art.º 14)  - a do direito a uma justiça acessível e pronta.

A quadrícula é mal servida, deficientemente dotada de estruturas tendentes à conciliação, mediação e arbitragem de conflitos, com uma dualidade de meios alternativos de administração da justiça, sem que tribunais arbitrais e julgados de paz  “afinem pelo mesmo diapasão” e sem estarem disponíveis em todas as circunscrições.

Em lugar de um secretário de Estado na Justiça (que de direitos fundamentais se trata), uma mescla urdida no seio do Turismo, Comércio e Serviços: num acabado exemplo de terceiro-mundismo galopante)… e com uma indisponibilidade de tempo e ineficiência notáveis!

Uma lástima!

Em lugar de codificação, dispersão normativa (leis plúrimas, prolíferas, prolixas…), inacessível e distante.

Em vez de estruturas harmónicas, meros arremedos em parte ínfima dos municípios (em Lisboa, Porto e Coimbra não há Serviços de Informação ao Consumidor).

Clamorosa falha nas estruturas de administração da justiça, como se revelou.

Eis o que o Governo oferece aos cidadãos-consumidores.

A Resolução do Parlamento de 28 de Junho de 2019 com recomendações ao Governo caiu em saco roto.

O Chefe de Estado também não parece ter acrescidas preocupações a tal propósito… os consumidores são desprezíveis e menosprezados!

Consumidores de todo o País: rebelai-vos, sem excessos, ante a iniquidade, a prepotência e a arbitrariedade!

 

 

Mário Frota

presidente emérito da apDC – DIREITO DO CONSUMO - Portugal

Como fazer com que o seu smartphone detete todos os radares

 

O smartphone pode transformar-se no nosso melhor aliado para evitar que os radares nos multem. Conheça algumas aplicações especializadas em avisar-nos da presença de qualquer radar, fixo ou móvel, na estrada.

Ninguém está livre de ser apanhado por um muitos radares que despontam por Lisboa e arredores ou pelas nacionais e autoestradas por esse país. Para o evitar podemos recorrer a alguma das muitas apps que existem para o telemóvel e que nos avisam de todos os radares. São todas gratuitas e compatíveis com Android Auto e Apple CarPlay. Ler mais

"Potenciar o ibero-americano é importante para defender a nossa presença comercial, social e cultural no mundo"

 

O diretor-geral do Instituto Cervantes veio a Lisboa para participar na apresentação de um livro sobre o nível de conhecimento de espanhol em Portugal, que se acredita abranger, no mínimo, meio milhão de pessoas, talvez um milhão. Luis García Montero, poeta e catedrático de Literatura, conversou com o DN sobre a vantagem de se promover conjuntamente o espanhol e o português, falados hoje no mundo por um total de mais de 800 milhões de pessoas.

Juntando todas as categorias, quantos falantes de espanhol identificam em Portugal?
O número de falantes de espanhol é difícil de identificar. Os registos que se dão em demolinguística são muito variáveis. Como são línguas de fronteira e que se entendem bem, quando se pretende contabilizar o número, é muito variado. Mas que tenham espanhol como segunda língua, e que, além de entenderem - porque entendemos um pouco com algum esforço -, falem o espanhol como língua aprendida, os registos dão-nos entre meio milhão e um milhão de portugueses, com vários níveis de conhecimento. Ler mais

Preços nas telecomunicações sobem 3,6% após atualizações

 Custo das comunicações para os consumidores agravou-se em fevereiro face a 2022, após Meo e NOS terem aumentado tarifários. Governo rejeita redução do prazo das fidelizações proposta pelo regulador.

 Os preços das telecomunicações subiram 3,6% em fevereiro, comparativamente com o mesmo mês de 2022, segundo os dados desagregados do Índice de Preços no Consumidor (IPC), indicador que mede a inflação, que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou na última sexta-feira. Ler mais

Hoje é notícia: Governo agiliza despejos; MP investiga lar em Melgaço

Em quase todos os generalistas, a presença inédita de Portugal nos Óscares merece uma chamada de capa, com o cinema português a torcer por uma vitória de 'Ice Merchants'. Mas, além da grande tela, o grande destaque do Público deste domingo é o Programa Mais Habitação, com o jornal a escrever que o "Governo agiliza processos de despejo por falta de pagamento de rendas".

No Jornal de Notícias, enquanto que a imagem de capa aborda os mais recentes dados sobre os abusos na Igreja, o diário noticia que o "MP investiga queixas de maus-tratos e abuso de poder em lar" de Melgaço, no Alto Minho. Ler mais

DGS confirma não existirem casos de gripe das aves em humanos

  A DGS referiu que as autoridades de saúde estão “a implementar as medidas necessárias para o controlo e erradicação deste foco”.  A Dire...