A Crocs, a icónica marca por trás dos populares chinelos de
borracha, está a enfrentar problemas à medida que diversas escolas nos
EUA proíbem o uso do calçado, citando preocupações com acidentes e
distrações. A empresa viu os seus produtos banidos de dezenas de
instituições em pelo menos 12 estados.
De acordo com a ‘Bloomberg’, o aumento de casos de entorses entre
estudantes que usam Crocs sem as tiras de segurança devidamente
ajustadas motivou a decisão das escolas, que agora exigem sapatos
fechados. Além disso, a presença de alfinetes decorativos, que muitas
vezes atraem a atenção dos alunos, tem sido outro fator para as
proibições.
Enquanto os avisos de “Proibido Crocs” proliferam, a empresa
prepara-se para divulgar os resultados financeiros do terceiro trimestre
nesta terça-feira, antes da abertura dos mercados nos EUA. A
expectativa é que o crescimento das vendas seja de apenas 0,4%, conforme
as estimativas compiladas pela ‘Bloomberg’, o que representaria o nível
mais baixo desde 2020.
Este
momento de incerteza coincide com o regresso às aulas, um período
crítico para muitas marcas, e um cenário económico em que os
consumidores estão a tornar-se mais cautelosos devido à inflação.
Apesar das dificuldades atuais, as vendas anuais da Crocs
triplicaram nos últimos quatro anos, impulsionadas por uma campanha
direcionada aos adolescentes. Segundo uma pesquisa semestral da Piper
Sandler, os chinelos de borracha continuam a ser um dos 10 calçados
favoritos entre este grupo etário, demonstrando a resiliência da marca
em tempos desafiadores.