terça-feira, 3 de maio de 2022

Contratos de Adesão pejados de cláusulas abusivas: o acórdão WORTEN (Portugal)

 


“Aworten” as abusivas

Que constam desses contratos

Porque  de si são lesivas

Em um tal ninho de ratos…

 

O PROBLEMA EM GERAL

O problema das cláusulas abusivas é velho, de barbas, no direito.

A essas cláusulas se chamava-se antigamente, entre nós, cláusulas  leoninas.

Porque os contratantes mais fortes ditavam a sua lei nos contratos que celebravam, sobretudo nos contratos de antemão elaborados, previamente redigidos, sem que a outra parte, normalmente fraca, mais fraca, pudesse alterar o que quer que fosse, influenciar a redacção do contrato.

Até se dizia e diz que os contratos são as leis que as partes fazem para vigorarem nas suas relações, leis que se têm de observar nas relações entre as partes.

E daí ficarem - os que elaboravam os contratos à sua medida, à medida dos seus interesses, e neles, pelo seu poderio, ditavam a sua lei - com a parte mais substancial,  a parte de leão. Daí… “cláusulas leoninas”!

Com o nascimento do direito do consumo, o problema das cláusulas injustas (unfair contract terms), abusivas (clauses abusives), vexatórias (clausole vessatorie) , foi ganhando expressão e todo um movimento se gerou na Europa como fora dela para abolir, para eliminar as cláusulas abusivas nos contratos, movimentos a que estamos ligados.

Da França, vozes como as do Prof. Jean Calais Auloy, da Universidade de Montpellier, Eike Von Hippel e Norbert Reich, da Alemanha, Ewoud Hondius, dos Países Baixos,  Guido Alpa, de Itália e Rodrigo Bercovitz e Lopez Sánchez, entre outros, em Espanha, se ergueram contra os abusos manifestos que enriqueciam os fortes e poderosos e empobreciam os fracos e oprimidos. E em Portugal, um artigo de Mota Pinto, em 1973, e a nossa própria voz se fez ouvir contra tais abusos manifestos, desde 1978, e nos anos subsequentes. Ler mais

The road to green hydrogen certification – and the potholes to be avoided

 As Europe looks to renewables to help it break free from Russian fossil fuels, the EU must ensure it comes up with robust criteria for green hydrogen and learn from the certification of biofuels, write Sacha Alberici, Gemma Toop and Corinna Klessmann.

Sacha Alberici and Gemma Toop are associate directors, and Corinna Klessmann is the director at Guidehouse consultancy.

In light of the current energy crisis, the ramp-up of green hydrogen and other renewable gases is even more urgent for Europe. The market is desperately waiting for the European Commission’s delegated act, mentioned in Article 27(3) of the Renewable Energy Directive (REDII).

This will define the criteria for counting hydrogen and its derivatives (collectively termed “Renewable Fuels of Non-Biological Origin” – RFNBOs) as renewable/green. (...)

Google urges court to scrap $1.6 bln EU antitrust fine

 

Alphabet unit Google on Monday urged Europe’s second-highest court to dismiss a 1.49-billion-euro ($1.6 billion) fine imposed by EU antitrust regulators three years ago for hindering rivals in online search advertising.

The case is one of three that has resulted in a total of 8.25 billion euros in European Union antitrust fines on the world’s most popular internet search engine.

The European Commission in its 2019 decision said Google had abused its dominance to stop websites using brokers other than its AdSense platform which provided search adverts. The Commission said the illegal practices occurred from 2006 to 2016.

Google subsequently challenged the EU finding in the Luxembourg-based General Court. The company will set out its case during a three-day hearing starting on Monday. (...)

Apple Pay dans le viseur de la Commission européenne pour abus de position dominante

 La Commission européenne a envoyé lundi (2 mai) à Apple les conclusions préliminaires d’une enquête sur la concurrence concernant son système de paiement mobile, Apple Pay, suggérant que le géant technologique américain avait « injustement protégé » son système des concurrents et donc étouffé l’innovation.

L’exécutif européen avait lancé la procédure de contrôle des pratiques anticoncurrentielles de sa propre initiative en juin 2020, dans un objectif plus large d’intégration du marché européen des paiements. L’enquête concerne Apple Pay, un système de paiement mobile permettant aux utilisateurs d’effectuer des paiements en magasin directement via des appareils électroniques.

Pour la Commission, Apple a créé des « écosystèmes fermés » avec les systèmes d’exploitation de l’iPhone et des iPads, obtenant ainsi un contrôle absolu sur l’expérience utilisateur. C’est aussi sa formule de portefeuille mobile depuis qu’elle a été déployée en 2014. (...)

Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas versus cartões sociais

 


Os cartões sociais permitem respeitar a autodeterminação dos cidadãos que vivem em situação de pobreza, designadamente na capacidade de fazer o planeamento das compras e das respetivas refeições.

O Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC) pretende ser um instrumento de combate à pobreza e à exclusão social no âmbito das políticas públicas. É, por isso, caricato quando nos deparamos com uma citação de Madre Teresa de Calcutá que consta da página de internet do Programa, precedendo o texto de enquadramento institucional.

Sem sombra de dúvida, o POAPMC tem sido uma mais-valia para compensar algumas necessidades alimentares dos cidadãos que são seus beneficiários, contudo tem ficado muito aquém do que deve ser a resposta efetiva aos objetivos do programa, financiado por fundos estatais nacionais e pela União Europeia. Ler mais

segunda-feira, 2 de maio de 2022

FORUM DA ÁGUA - Bem público ou negócio?


 

Programa IVAucher sob investigação devido a "desvio" entre valor orçamentado e executado

 

"Dou conhecimento que estamos neste momento a realizar uma auditoria ao IVAucher", diz a juíza conselheira Ana Leal Furtado.

 O Tribunal de Contas (TdC) está a realizar uma auditoria ao programa IVAucher, anunciou esta segunda-feira a juíza conselheira Ana Leal Furtado, assinalando o "desvio" muito grande entre o valor orçamentado e executado.

"Dou conhecimento que estamos neste momento a realizar uma auditoria ao IVAucher. Por exemplo, aí também o desvio [entre o valor orçamentado e executado] é muito grande. Desde os 200 milhões de euros orçamentados foram executados 38 milhões de euros", disse Ana Leal Furtado, numa audição na Comissão de Orçamento e Finanças, no parlamento, no âmbito da apreciação da proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

Ana Leal Furtado, que foi ouvida conjuntamente com o presidente do TdC, José Tavares, respondia a uma questão do deputado social-democrata Hugo Carneiro sobre os valores orçamentados em várias rúbricas, a execução orçamental e os desvios detados.

Nova taxa das embalagens faz subir preços: consumidores vão pagar até mais 4,2 cêntimos

  O Governo decretou que, em 2025, os produtores, embaladores e distribuidores vão pagar o dobro aos municípios pela recolha das embalagen...