O apoio de 60 euros ao cabaz alimentar
dirigido às famílias mais vulneráveis vai abranger 830 mil agregados
familiares, segundo um documento apresentado, esta quarta-feira, pelo
Governo com a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
O subsídio de 60 euros para compensar o aumento dos preços dos bens
alimentares já tinha sido anunciado pelo Governo, abrangendo
inicialmente o universo de beneficiários da tarifa social de energia
que, em março, era de 762.320.
O Governo anunciou na semana passada o alargamento do universo de
beneficiários face ao definido, indicando que a medida irá abranger as
famílias titulares de prestações sociais mínimas, abrangendo assim um
total de 830 mil famílias.
Questionada sobre que prestações sociais mínimas serão abrangidas
pelo alargamento, fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade
e Segurança Social não respondeu até ao momento.
Hoje, na conferência de imprensa de apresentação da proposta de
OE2022, o ministro das Finanças, Fernando Medina, referiu que "este
orçamento faz um alargamento [do apoio] relativamente àquilo que estava
projetado inicialmente".
"Não são só aqueles que beneficiam da tarifa social de eletricidade,
mas são também outros agregados familiares que, não beneficiando desta
tarifa, estão na mesma condição de necessidade", sublinhou Medina,
indicando que os detalhes da medida serão revelados pela ministra do
Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
Segundo a Segurança Social, o apoio de 60 euros aos 762.320
beneficiários da tarifa social de energia "será pago de uma só vez" em
29 de abril.
Já as cerca de 68 mil famílias que serão abrangidas pelo alargamento deverão receber o apoio no mês seguinte, segundo o Governo.
A medida tem um custo associado de 55 milhões de euros, segundo o OE2022.