terça-feira, 28 de maio de 2024

Deixar de fumar no século XXI: uma revolução tecnológica ao nosso alcance

 
O futuro passa pela integração de múltiplas abordagens tecnológicas num ecossistema digital sinérgico, onde será necessário um compromisso coletivo para garantir o acesso generalizado às inovações disponíveis, aproveitando o potencial da tecnologia para criar um mundo livre do tabaco.

 Fumar continua a ser uma das principais causas evitáveis de doença e de morte prematura em todo o mundo. Os últimos dados do relatório do Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde revelam que, em Portugal, cerca de um terço das mortes registadas em 2019 podem ser atribuídas a fatores de risco comportamentais, nomeadamente ao tabagismo. Nesta análise do estado da saúde na União Europeia (EU) verificamos, ainda, que o tabaco contribuiu em 12% para a mortalidade nesse ano.

No século XXI, uma revolução tecnológica está a transformar a forma como abordamos a cessação tabágica. Das aplicações móveis à inteligência artificial, das terapias digitais à imunoterapia, um novo arsenal de ferramentas surge para ajudar os fumadores a libertar-se da dependência da nicotina. Ler mais

REPARAR EM VEZ DE SUBSTITUIR PARA UM RADIOSO DEVIR

 


O Parlamento Europeu aprovou, a 23 de Abril pretérito, em primeira leitura, a directiva que disciplina  o «direito à reparação» de bens de consumo.

A directiva carece tão-só da aprovação do Conselho da União para ser publicada no Jornal Oficial.

Tal directiva explicita as obrigações dos fabricantes no que tange  à reparação de bens de consumo.

Por seu turno, como que estimula os consumidores a alargar o ciclo de vida dos bens através da reparação, preferindo-a à sua substituição.

Não contempla, porém, todos os bens de consumo, antes os que a própria directiva prevê e os que vierem a ser classificados numa grelha em vista do tempo de vida útil de um dado produto.

Como se previne numa comunicação da Comissão Europeia, o tempo de vida útil de um smartfone oscila ente os 25 e os 232 anos.

No entanto, em bom rigor, um smartfone não dura mais de três anos.

E o que isso representa em resíduos e dispêndios suplementares é algo de incalculável

 O que muda, afinal, com uma tal directiva?

 De acordo com uma nótula emanada da Direcção-Geral do Consumidor, os direitos ora recortados definem-se como segue:

 

Obrigação geral de reparação

Para além das mais obrigações que impendem sobre fabricantes e vendedores dos bens de consumo, acresce a obrigação geral de reparação, nos termos definidos:

  • Os fabricantes devem proporcionar adequados serviços de reparação a um preço acessível e em prazo razoável, obrigando-se a informar os consumidores dos direitos que se lhe reconhecem à reparação;
  • Os bens reparados ao abrigo da garantia passam a beneficiar de uma extensão adicional de um ano da garantia legal;
  • Após o termo da garantia legal, o fabricante continua a ser obrigado a reparar produtos comuns de consumo, tecnicamente reparáveis ao abrigo da legislação da União Europeia (por exemplo, máquinas de lavar roupa, aspiradores e telemóveis, entre outros);
  • Os consumidores podem ainda, no decurso do período de reparação, solicitar se lhes faculte um  bem de substituição enquanto o seu estiver a ser reparado.
  • Caso não possa ser reparado, poderá ser fornecido um produto recondicionado. Ora produto recondicionado é o que, depois de usado, precedendo inspecção, preparação, verificação e testagem por um especialista, é de novo colocado no mercado para, nessa qualidade, ser posto à venda, como o define a Directiva da Compra e Venda dos Bens de Consumo de 2019.

 Informações sobre as condições e os serviços de reparação

  • A directiva prevê a adopçã de um formulário europeu de informações para ajudar a avaliar e comparar os serviços de reparação (especificando a natureza do defeito, o preço e a duração da reparação);
  • Criação de uma plataforma digital europeia com secções nacionais, com o objectivo de proporcionar aos consumidores a localização de oficinas de reparação locais, vendedores de bens recondicionados, compradores de artigos defeituosos ou iniciativas de reparação no seio da comunidade de vizinhança.

 Revitalizar o mercado da reparação

  • Os fabricantes terão de fornecer peças sobresselentes e ferramentas a um preço razoável e serão proibidos de recorrer a cláusulas contratuais, técnicas de hardware ou software que impeçam a reparação.

 Promover a reparação a preços acessíveis

  • Cada Estado-membro terá de aplicar, pelo menos, uma medida para promover a reparação, como vales e fundos de reparação, realizar campanhas de informação, oferecer cursos de reparação ou apoiar espaços de reparação no seio das comunidades de vizinhança.

Como se referiu, a directiva deverá ser agora formalmente aprovada pelo Conselho da União e publicada no Jornal Oficial da União Europeia.

Após a publicação, os Estados-Membros terão 24 meses para transpor a directiva para o direito nacional. Para que passe a vigorar efectivamente.

Mário Frota

presidente emérito da apDC – DIREITO DO CONSUMO - Coimbra

Idosos com CSI vão ter medicamentos gratuitos a partir de junho. Medida custa 10,4 milhões de euros

 


Beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI) vão ter comparticipação a 100% dos medicamentos prescritos por médicos a partir de junho. 

 O diploma que prevê o acesso gratuito a medicamentos sujeitos a prescrição médica aos 140 mil beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI) já foi publicado esta terça-feira em Diário da República.

A alteração ao CSI, aprovada em Conselho de Ministros em 8 de maio, irá custar 10,4 milhões de euros e entrará em vigor a partir de junho. Ler mais

Práticas desleais na cadeia agroalimentar rendem 39,4 milhões de euros em multas na UE

 

A aplicação da diretiva sobre práticas comerciais desleais na cadeia de abastecimento agroalimentar resultou em dois anos na aplicação de multas no valor de 39,4 milhões de euros na União Europeia (UE), segundo dados hoje divulgados.

A diretiva UE 2019/633, relativa a práticas comerciais desleais nas relações entre empresas na cadeia de abastecimento agrícola e alimentar, permitiu identificar práticas proibidas, com maior incidência (51%) para os atrasos na obrigação de pagamento de produtos perecíveis, que deviam ser a 30 dias.

No que respeita a produtos não perecíveis, que os compradores devem pagar aos produtores em 60 dias, os atrasos não ultrapassaram os 15%.

O comércio a retalho (41%) foi o setor mais infrator na UE, em 2022 e 2023, com o grossista a registar uma taxa de 21% de más práticas.

A diretiva, aprovada em 17 de abril de 2019, entrou em vigor em novembro de 2021, depois de transposta para o direito nacional pelos 27 Estados-membros, tendo partido do princípio que os desequilíbrios do poder de negociação entre fornecedores e compradores de produtos agroalimentares são comuns.

A política agrícola comum que vigora até 2027 inclui medidas que promovem o peso dos fornecedores na cadeia de abastecimento, como a negociação coletiva, tendo sido criado já este ano um observatório para as práticas desleais.

Segurança Social registou em 2023 excedente mais elevado em 13 anos

 

O sistema registou um saldo orçamental positivo de 5.485 milhões de euros, uma melhoria de 1.400 milhões em relação ao ano anterior, à boleia de um mercado laboral forte. Já o excedente da Caixa Geral de Aposentações fica a dever-se à transferência extraordinária do fundo de pensões do banco público, valor sem o qual o défice do ano anterior se voltou a agravar. 

A Segurança Social registou em 2023 o maior excedente desde 2010, chegando a 5.485 milhões de euros, uma melhoria de mais de mil milhões em relação ao ano anterior. Mais uma vez, e como já aconteceu no passado, este saldo deveu-se sobretudo ao sistema previdencial, sendo que o sistema de proteção social ficou próximo do equilíbrio orçamental. Ler mais

73% das empresas nunca aplicam juros de mora para não perder os clientes

 

Um estudo recente mostra que apenas 38% das empresas portuguesas iniciam ações de cobrança após o vencimento de uma fatura, e que 73% das empresas nunca aplicam juros de mora.

De acordo com o Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform, quase duas em cada três empresas reagem às tensões de liquidez dos seus clientes adiando o início das ações de cobrança para não deteriorem as suas relações comerciais. Ler mais

Aeroporto Sá Carneiro vai estar completamente parado a 10 de setembro — mas há companhias a vender bilhetes para esse dia

 

Em causa está a condução de obras de reforço de pista no aeroporto localizado na Maia. Os trabalhos iniciam-se a 31 de julho e serão conduzidos sobretudo durante a noite, mas a acumulação com outros trabalhos vai ditar o encerramento completo das instalações a 10 de setembro.

O reforço da pista do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, começa a 31 de julho, vai demorar 19 meses, de segunda-feira a sábado, entre meia-noite e 06:00, num investimento de 50 milhões de euros, foi anunciado esta segunda-feira.

Em comunicado, a ANA Aeroportos de Portugal explicou que a opção pelo trabalho em horário noturno visa “minimizar o impacto nas operações aeroportuárias”. Ler mais

 

 

Diretiva do IVA alarga isenções à comida, bebidas e medicamentos

 Nova lei europeia tem de ser transposta até ao final do ano. Há 11 projetos da oposição no Parlamento para mexer nas taxas do imposto.  m...