O Instituto Carlos III assinala que os dias
com mais mortes "atribuídas ao calor" foram os que se seguiram à
primeira vaga de julho, quando as temperaturas ultrapassaram os 40 graus
em muitas partes de Espanha.
As ondas de calor aumentam as mortes de pessoas idosas, de pessoas com patologias respiratórias ou que trabalham sem ter em conta os efeitos das altas temperaturas. Os dados do sistema de monitorização da mortalidade diária por todas as causas (MoMo), produzidos pelo Instituto de Saúde Carlos III, revelam que 2124 mortes em Espanha são atribuíveis à temperatura em julho, avança o Cadena Ser.
A série de dados de junho também deixa claro que este aumento de mortes está concentrado em dias muito específicos: os dias com mais mortes ocorreram não tanto nos dias mais quentes mas sobretudo nos dias que se seguiram às ondas de calor.
Por exemplo, a 20 de julho houve 164 mortes atribuíveis ao calor. No dia 19, foram 184 e no dia 18 de julho foram 183. Durante essa semana a contagem de mortos disparou, elevando o número mensal de mortos acima da média.
Assim, após a onda de calor que durou de 9 a 18 de julho de 2022, só nos três dias seguintes, mais de 600 pessoas morreram em Espanha.
A região com mais mortes atribuídas à temperatura foi Madrid, com 470, seguida pela Andaluzia com 257. Esta classificação por região é seguida pela Catalunha e Castilla la Mancha, ambas com 177.
O sistema de monitorização da mortalidade diária por todas as causas (MoMo) foi desenvolvido em 2004, no âmbito do Plano de ações preventivas contra os efeitos de temperaturas excessivas", coordenado pelo Ministério da Saúde, para reduzir o impacto sobre a saúde da população em resultado de temperaturas excessivas.