terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
SAÚDE PÚBLICA?
Alterações ao apoio aos pais entram hoje em vigor. Eis o que muda
O apoio excecional à família, que já tinha sido aplicado no primeiro confinamento, destina-se a pais de crianças até aos 12 anos em casa com os filhos devido ao encerramento das escolas.
O alargamento de apoios às famílias em tempos de pandemia para pais de alunos do 1.º ciclo e de famílias monoparentais que optem por não exercer teletrabalho para dar assistência à família entra em vigor esta terça-feira, dia 23 de fevereiro. A declaração para este efeito já está disponível no site da Segurança Social.
O decreto-lei, aprovado pelo Conselho de Ministros na quinta-feira, foi publicado na segunda-feira para entrar em vigor no dia seguinte ao da publicação, esta terça-feira, incluindo pais em teletrabalho que não eram abrangidos pelo apoio, uma situação que motivou críticas de sindicatos, da provedora de justiça e dos partidos. Ler mais
Telemóvel é objecto proibido para quem está ao volante
No ano passado, em média, 63 portugueses foram apanhados por dia, a conduzir e a mexer no telemóvel ao mesmo tempo.
Alexandra Henriques, da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, diz que, mesmo com o país em confinamento, continuam a registar-se demasiados acidentes, com feridos graves e até mortes.
Desde o dia 8 de Janeiro, quem for multado pelas autoridades pode estar sujeito a uma multa que vai desde os 250 aos 1250 euros.
Estudos científicos confirmam a capacidade de distracção do telemóvel, para os automobilistas. Os efeitos na capacidade de reacção são semelhantes à condução sob efeito do álcool.
País com filhos até ao 4º ano podem deixar de teletrabalhar na próxima semana
O alargamento do apoio aos pais em teletrabalho entra hoje em vigor e a declaração (modelo GF-88) para apresentar à sua entidade empregadora também já está disponível no site da segurança social.
Tal como explicou a ministra do Trabalho na quinta-feira, após a reunião de Conselho de Ministros, o aviso tem de ser feito com três dias de antecedência: A regra «permite que o trabalhador, nos três dias anteriores a passar para o apoio à família, possa informar a empresa que optará pelo apoio e não pelo teletrabalho», explicou Ana Mendes Godinho.
Isto quer dizer que se o trabalhador entregar a minuta esta
terça-feira, poderá deixar de teletrabalhar já a partir do próximo
sábado, ou segunda-feira, conforme o seu horário de trabalho. Ler mais
Alunos do 1.º e 2.º ano deverão ter prioridade no regresso às aulas
No calendário do desconfinamento que está a ser preparado pelo Governo — que, como adiantou a ministra da Presidência, terá início pelo regresso presencial às aulas — a prioridade vai ser colocada nos alunos do 1.º e 2.º ano, adianta hoje o jornal Público.
Em
causa está o facto dos alunos mais novos serem aqueles que se teme que
tenham as suas aprendizagens mais afetadas pelo ensino à distância. Por
isso mesmo, os estudantes do ensino secundário e do ensino superior só
deverão regressar às respetivas instituições de ensino em abril. Ler mais
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Confinamento faz disparar encomendas - e as reclamações também
Mal ficaram confinados em casa, os portugueses começaram a fazer encomendas online. Resultado? O tráfego disparou para valores 69% acima dos registados quando o país não enfrentava uma pandemia.
O mesmo revelam os números do Portal da Queixa. Em 45 dias as reclamações com as compras na internet explodiram 277%, para 3878, valores apenas superados pelas queixas relacionadas com as empresas de transporte de encomendas: uma subida de 361%, para 6226 reclamações.
Os operadores garantem ter reforçado a operação com meios técnicos e humanos, mas o atraso nas encomendas (61%) e extravio dos pacotes (12%) são dois dos motivos que mais geram queixas dos consumidores. CTT e CTT Express são os mais reclamados.
Recordes consecutivos
Uma "tempestade perfeita", diz Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa. "O crescimento do comércio eletrónico colocou uma enorme pressão no setor das entregas de encomendas. Não só tiveram que se adaptar aos novos constrangimentos provocados pela pandemia, como os seus recursos humanos e logísticos, tornaram-se parcos de um dia para o outro", diz. "Temos os consumidores obrigados a mudar os seus hábitos de consumo, pagando para que as suas compras sejam entregues nos seus lares, por imposição do estado de emergência, sem garantias que os irão receber a tempo e nas condições expectáveis. Assim se criaram as condições ideias para uma tempestade perfeita, na relação do consumidor digital (muitos deles ainda na sua primeira experiência) e as mais recentes ofertas de venda eletrónica, por parte das marcas, agora maioritariamente online", diz o CEO do Portal da Queixa.
Todas as semanas são batidos recordes na entrega de encomendas, diz Olivier Establet.
"As encomendas têm aumentado novamente para níveis superiores aos do primeiro confinamento em março e abril, apenas superados por pouco pelas semanas do último peak period - Black Friday e Natal - em novembro e dezembro Mesmo assim, nota-se uma progressão contínua já que a atividade bate recordes a cada semana", diz o CEO da DPD Portugal (ex-Chronopost).
Os dados da Anacom, regulador das telecomunicações, dão conta dessa pressão. Na semana seguinte ao confinamento geral, o tráfego aumentou 28% face à semana anterior, com o volume de encomendas a ser 58% superior ao registado no período pré-covid. Entre 8 e 14 de fevereiro, caiu 1% face à semana anterior, mas os operadores ainda têm de transportar um número de encomendas 69% superior aos na pré-pandemia.
Reforço da operação
Prevendo um "aumento da atividade", na DPD "o número de circuitos tem vindo a ser reforçado às centenas nos últimos meses para corresponder ao aumento de atividade", rondando atualmente cerca de mil, garante Olivier Establet. A empresa também reforçou a equipa de triagem. "As duas estações temporárias, que implementámos em novembro, mantiveram-se ativas e também ao nível do atendimento melhorámos a resposta com o chatbot Maria para permitir a resolução dos milhares de interações diárias que tem tido nas últimas semanas".
Desde que a pandemia rebentou em Portugal, os CTT estão "a trabalhar com volumes de tráfego de peak season, com um crescimento muito relevante nos setores da alimentação, desporto e lazer, educação e cultura e eletrónica de consumo", diz fonte oficial. E entre a Black Friday e o Natal atingiram-se valores recorde: transportaram 3,5 milhões de encomendas. "Os CTT contrataram várias dezenas de funcionários para reforçar a operação neste período de elevada procura". O operador aumentou ainda "o número de centros de triagem de encomendas neste período de pico, funcionando, genericamente, 24 horas por dia, 7 dias por semana, nos principais centros" e adicionou "novos hubs".
Mas, apesar destes esforços, o maior operador postal nacional e de transporte de encomendas, continua a liderar em número de reclamações. No Portal da Queixa, num mês e meio somou 2408 (+329%), seguido dos CTT Express com 749 (+154%) e da DPD, com 730 (+329%).
Carro confinado sem problemas
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