quarta-feira, 22 de maio de 2024

Mais de 60% dos portugueses dispostos a experimentar carne de laboratório, revela estudo

 

Mais de 60% da população portuguesa está disposta a experimentar carne criada em laboratório e mais de um quarto (27%) substituiria parte da que come atualmente por ela, indica um inquérito divulgado hoje.

O inquérito ‘online’ a 1.015 pessoas foi realizado em meados de abril pela empresa de sondagens YouGov, a pedido da organização Good Food Institute, que promove alternativas aos produtos de origem animal, sendo os resultados “representativos da população portuguesa com idade igual ou superior a 18 anos”, segundo um comunicado do GFI.

O estudo concluiu que, apesar de apenas 33% dos inquiridos conhecer esta forma de produção de carne, “a postura perante a carne cultivada em Portugal parece ser positiva”, já que apenas um quarto dos inquiridos disse que nunca comeria a designada como carne cultivada. Ler mais

Governo alivia restrições impostas ao consumo de água no Algarve devido à seca

 

O Governo decidiu hoje aliviar as restrições impostas aos consumos de água na agricultura e no setor urbano do Algarve, incluindo o turismo, para fazer face à seca na região, anunciou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, em Faro.

 “O Governo decidiu revogar a resolução 26A de 2024, de 20 de fevereiro, e nas próximas semanas vai ser aprovada e publicada uma outra resolução que visa dar continuidade a uma política de responsabilidade, mas, ainda assim, aliviar as restrições que estão hoje em vigor face à situação de 2023”, afirmou o primeiro-ministro, após uma reunião da comissão de acompanhamento da seca, em Faro.

Luís Montenegro indicou que o executivo vai aprovar um “alívio de cerca de 20 hectómetros cúbicos na restrição que está hoje em vigor em todas as áreas de atividade”, distribuindo-se este valor por “2,65 hectómetros cúbicos de alívio no consumo urbano, de 13,14 de alívio no consumo da agricultura e de 4,17 no alívio no consumo para o turismo”. Ler mais

Governo aprova hoje ‘novo’ IRS Jovem: estas são algumas das mudanças previstas

 

O Governo prepara-se para aprovar, em Conselho de Ministros esta quinta-feira, os princípios da reforma do IRS Jovem.

O que vai mudar?

Está prevista a diminuição de 2/3 das taxas atualmente aplicáveis, estabelecendo um imposto máximo de 15% para contribuintes até aos 35 anos, com exceção dos que se enquadram no 9º e mais elevado escalão de rendimento.

Esta medida, que só deverá entrar em vigor em 2025, está inserida num pacote mais vasto dedicado à juventude, que também deverá inscrever a isenção de IMT e Imposto de Selo na compra da primeira casa, nos imóveis de valor até 316 mil euros, e também a garantia pública para ajudar a financiar a aquisição de um imóvel. Ler mais

‘A aguardar validação’. Os anexos que estão a travar o IRS a milhares de contribuintes

 


Em causa estão as declarações de IRS com anexos F (rendimentos prediais) e G (mais-valias).

Degundo avança a edição de hoje do Correio da Manhã, milhares de declarações de IRS com anexos F (rendimentos prediais) e G (mais-valias) estão pendentes de validação pela Autoridade Tributária.

Os contribuintes nesta situação estão há quase dois meses com a nota de ‘a aguardar validação’, sem qualquer alteração no estado das declarações entregues - e respetivos reembolsos.

Quem está nesta situação queixa-se de uma demora inusual face aos anos anteriores, mas, a 2 de maio, em declarações à SIC, o Ministério das Finanças afirmava que não existiam problemas e queaté ao dia 22 de abril até tinham sido validadas mais declarações do que no ano passado. Ler mais

 

Covid-19: Novas variantes mais contagiosas já estarão a circular em Portugal. Especialistas dizem que não representam “risco acrescido”

 
Quatro anos depois de ter surgido, e mesmo depois de ter sido decretado o fim da emergência de saúde global pandémica, a Covid-19 tornou-se uma realidade do dia-a-dia a que devemos estar atentos, sobretudo quando surgem novas variantes do vírus que começam a ganhar predominância. Depois da JN.1, variante que fez soar alarmes no início deste ano, devido à sua rápida dispersão, são agora duas ‘filhas’ que começam a preocupar as autoridades de saúde: as variantes KP.1 e KP.2 que são mais contagiosas do que anteriores, mas que representam menos riscos de doença grave.

Estas variantes, explica Gustavo Tato Borges, Presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) à Executive Digest, englobam-se no grupo que está sob vigilância da Organização Mundial da Saúde e Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) e que designa como FLiRT. “Significa que são variantes que surgem por alterações nas proteínas do vírus. E isto quer dizer que são variantes mais mutáveis, com maior capacidade de sofrerem mutações, e por isso com maior potencial de contágio, pelo que devemos estar mais atentos”, indica. Ler mais

Imprensa Escrita - 23-5-2024





 

“Dar mais vida às coisas para dar mais vida à vida”

 


Já o escrevemos algures:

“Desde Abril de [2022] que  os fabricantes de electrodomésticos deverão tornar determinados  produtos mais duradouros, facilitar a reparação e facultar peças de reposição, em regra, até 10 anos pós-venda.

Tais peças terão de ser compatíveis com as ferramentas comuns, sem que danifiquem o produto, e entregues em período breve: as empresas assegurarão de análogo modo que os produtos sejam susceptíveis de reparação por profissionais independentes, facultando-lhes para o efeito manuais de reparação e aos consumidores interessados.”

Eis algumas das medidas preconizadas em iniciativa da Comissão Europeia, na sequência de um acumular de reivindicações face ao direito de reparação de  produtos que são condenados  à morte finda a garantia legal.

O Comissário Europeu do Investimento e Competitividade, estima que tais medidas “poupem aos orçamentos domésticos 150 €/ano, em média, e contribuam, em 2030, para uma redução de energia equivalente ao consumo anual global da Dinamarca, com a redução da emissão de 46 milhões de toneladas de gases com efeito estufa de molde a que se caminhe para “uma União Europeia inteiramente descarbonizada em 2050”.

As medidas que visam prolongar a vida útil dos produtos enquadram-se em uma iniciativa mais ampla – a do design ecológico dos produtos.

No caso de máquinas de lavar e secar roupa, por exemplo, o consumo deve aspirar a menos de 711 milhões de m 3 de água / ano até 2030.

A decisão abrange frigoríficos, máquinas de lavar loiça e roupa, televisões e monitores, fontes de alimentação, motores eléctricos, transformadores e máquinas de soldar.

Tais medidas somam-se às regras adoptadas para as etiquetas de eficiência energética dos produtos, que se estima consigam, até 2030, uma poupança de 150 milhões de toneladas de petróleo,

  • o equivalente ao consumo de energia primário de Itália,
  • e de 285 €/ ano aos consumidores.

Nos finais dos pretéritos anos de 2019 e em 2020, a União Europeia aprovou alguns regulamentos de execução de concepção ecológica, que têm como objectivo melhorar a eficiência energética de vários electrodomésticos e permitir que estes durem mais anos e sejam facilmente reparados.

Muitos destes regulamentos vêm reforçar os requisitos já existentes, mas há novas medidas em relação ao design ecológico, eficiência energética, etiquetagem e reparação.

Alguns destes regulamentos começam a produzir efeitos já em 2022.

Os fabricantes de electrodomésticos e equipamentos regulados devem tornar a reparação mais fácil, através da disponibilidade de informações sobre a manutenção e reparação por outros profissionais, devendo ainda garantir a disponibilidade de peças de reposição durante mais anos pós-venda.

Breves exemplos, ainda que aqui e além dificilmente compreensíveis:

  • Os aparelhos de refrigeração devem ter no mínimo as peças disponíveis durante 7 anos. Já as juntas das portas devem passar a estar disponíveis durante 10 anos.
  • Nas máquinas de lavar e secar roupa de uso doméstico, as peças devem estar disponíveis no mínimo durante 10 anos.
  • Nas máquinas de lavar louça, o período é idêntico, podendo, porém, determinados sobressalentes estar acessíveis só durante 7 anos.

A menor exigência, neste particular, advém do facto de o acesso se restringir aos  reparadores profissionais.

Para além disso, aos produtores incumbe assegurar o suprimento das peças de reposição em 15 dias úteis após a encomenda.

Tais medidas visam, como se não ignora, evitar o recurso a novos electrodomésticos em razão de os fabricantes não garantirem peças de reposição finda a garantia.

Foi recentemente aprovada, no Parlamento Europeu, a Directiva que estabelece o regime de reparação de bens de consumo.

A aprovação data de  23 de Abril do ano em curso.

Não se trata de um documento que abarque por ora, no entanto, a generalidade dos bens de consumo.

Aguardemos pelos desenvolvimentos que entretanto ocorrerem…

 

Mário Frota

presidente emérito da apDC – DIREITO DO CONSUMO - Portugal

 

 

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