DIRE©TO AO CONSUMO
24 de Janeiro de 23
I
À RETRANCA, À RETRANCA,
CONTRA O CARTEL DA BANCA
OMISSÕES & COMISSÕES
COMO AS DOS VULGARES BURLÕES
RVL
Já trouxemos ao programa a notícia da coima aplicada pela Autoridade da Concorrência a determinadas instituições financeiras estabelecidas em Portugal. Algo que atinge, no seu conjunto, a expressiva soma de 225 milhões de euros.
Sabe-se que 11 das 14 entidades terão recorrido das decisões ao Tribunal da Concorrência que, por seu turno, suscitou um sem-número de questões ao Tribunal de Justiça da União Europeia.
E parece que há já novidades. Que novidades são essas, Professor?
MF
As instâncias da União Europeia entendem que os principais bancos portugueses violaram, com efeito, as regras da concorrência ao terem trocado ente eles, durante mais de dez anos, informações sobre os volumes de crédito e spreads que aplicavam, um caso que ficou conhecido por “cartel da banca” - esta a notícia dos jornais,
Os factos, dados com provados pelo Tribunal da Concorrência, e impugnadas as coimas no montante de 225 milhões de euros aplicadas pela Autoridade da Concorrência mediante recurso de 11 das 14 entidades financeiras originalmente envolvidas, exigiu a intervenção do TJUE em razão de um pedido das autoridades judiciárias nacionais.
O Tribunal de Justiça da União Europeia lembra que o Tribunal da Concorrência “concluiu expressamente que o intercâmbio de informações ‘aumentou artificialmente a transparência e reduziu a incerteza associada ao comportamento estratégico dos concorrentes'”.
O Tribunal de Justiça vai mais longe e recorda que, em 2013, os cinco maiores bancos envolvidos (CGD, BCP, BES, BPI e Santander) “controlavam entre 75% e 80% do sector bancário em Portugal, dependendo da medida utilizada” para aferir a posição das instituições.
Logo, parece comprovado que os consumidores se acham prejudicados pelas concertações de preços entre instituições bancárias, num desaforo aos direitos, num desrespeito ao mercado. Ler mais