A crescente escassez de mão de obra qualificada tem levado várias empresas a pagar as propinas de cursos do Ensino Superior, com o objetivo de garantir a formação necessária de novos trabalhadores.
A partir de setembro, os alunos matriculados em cursos específicos como Engenharia de Polímeros na Universidade do Minho e Engenharia de Minas e Recursos Energéticos no Instituto Superior Técnico, terão as suas propinas pagas pelas empresas, eliminando o custo para os estudantes, revela o ‘Jornal de Notícias’.
A decisão de financiar estas formações é estratégica, pois ambos os cursos possuem atualmente uma taxa de empregabilidade de 100%, refletindo a alta procura por profissionais qualificados nessas áreas.
Um exemplo significativo é a multinacional Orica, que opera no setor de serviços mineiros e pedreiras. A empresa não só suporta as propinas dos alunos de Engenharia de Minas, mas também oferece prémios de mérito para os melhores alunos. Pedro Bernardo, representante da Orica, explicou à mesma fontee que este apoio se alinha com os projetos nacionais de extração de minerais como lítio e cobre, essenciais para a eletrificação e que Portugal possui em abundância.
Outro setor afetado pela falta de trabalhadores é a construção civil. O Grupo Casais patrocina o curso técnico em Tecnologias Avançadas de Construção no Instituto Politécnico do Cávado e Ave desde há dois anos. O curso oferece isenção de propinas para todos os alunos que obtiverem aproveitamento nas unidades curriculares.
Também a Mocapor, da indústria de mármores, financia a educação de colaboradores e dos seus familiares diretos com médias superiores a 14 valores, reforçando uma tendência crescente de empresas investirem na formação de seus futuros trabalhadores.
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